O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), negou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, tenha sido fruto de um golpe orquestrado pela oposição.
Em entrevista à CNN Brasil, Cunha disse que “a grande golpista foi a Dilma” que “deu um golpe no Lula para não deixar ele ser candidato”.
“No caso da Dilma, não foi nem propriamente as pedaladas fiscais, [que provocou] o resultado. Dilma, na realidade, praticou atos violando a lei orçamentária, emitiu decretos violando a lei orçamentaria. Efetivamente, praticou crime de responsabilidade. Estava no segundo mandato, em uma reeleição em que ela saiu com as pessoas já pedindo o impeachment dela”, declarou.
Segundo ele, a petista perdeu apoio da base aliada, principalmente por ter feito uma série promessas que não foram cumpridas ao longo da gestão, chegando ainda mais enfraquecida no 2° mandato.
Ainda de acordo com ex-presidente da Câmara, o prejuízo causado por Dilma foi equivalente ao da pandemia.
“Tudo que ela pregou teve que fazer exatamente o contrário, e a sociedade não se conformava. No período do primeiro ano do governo Dilma, a queda de PIB é igual ao tamanho da pandemia agora”, explicou.
Ao ser indagado sobre qual candidato conquistaria o voto dele em um provável 2° turno, Cunha voltou a dizer que votaria em Bolsonaro.
“Não sou bolsonarista, mas sou antipetista. Eu não voto no PT, não quero o PT de volta para o país, eu já vivi o PT”, acrescentou.