O Conselho de Ética da Câmara ouviu, nesta última quinta-feira (13), por videoconferência, o depoimento da deputada Flordelis (PSD-RJ).
Por mais de três horas, a parlamentar garantiu ser inocente e defendeu que sofre preconceitos e está sendo injustiçada.
“Há um processo contra mim, mas eu ainda não fui julgada. Queria que vocês pensassem, refletissem, para que uma injustiça não seja cometida nesta casa”, declarou.
Flordelis negou a acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de ter sido a mandante do assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, por poder e dinheiro e afirmou que tem passado por problemas financeiros, pois depende do salário de deputada para sustentar sua família.
De acordo com ela, as prestações do financiamento de sua casa estão sendo pagas por terceiros, porque metade de seus rendimentos seria utilizada atualmente para quitar dívidas de nove templos religiosos que foram fechados.
“Existe um pequeno grupo de falsos cristãos que querem, a qualquer custo, continuar me agredindo, continuar me rotulando de assassina, pra conquistar os fiéis das igrejas que infelizmente, eu tive que fechar”, afirmou, acrescentando que está sendo perseguida por “blogueiros preconceituosos” que querem destruir seu nome.
“É um desrespeito todos os dias. Sou mulher, sou negra, sou da favela, mas eu mereço respeito. […] Virei pária para o governo, para a direita, para a esquerda desta Casa que quer surfar nos louros da mídia que clama pelo meu sangue”, disse.