O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi acusado por Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, de ter recebido R$ 3 milhões para alterar um voto e mais R$ 1 milhão para conceder liminar a prefeitos fluminenses no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Vale lembrar que Toffoli foi ministro da Corte eleitoral de 2012 a 2016, tendo exercido o cargo de presidente do Tribunal entre maio de 2014 a maio de 2016.
Em 2015, o colegiado rejeitou o recurso do prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (DEM), contra a cassação do mandato por propaganda irregular.
De acordo com a delação premiada à Polícia Federal (PF), o ministro teria recebido os R$ 3 milhões para reverter a cassação, alterando o voto do último recurso. O novo julgamento ocorreu dois meses depois, e o placar foi revertido por 4 a 3.
Cabral também revelou que o pagamento das propinas foi operacionalizado por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do estado.
Em outro caso, o ex-governador disse que a mesma estrutura ilícita foi usada para pagar R$ 1 milhão a Toffoli para concessão de uma liminar para a ex-prefeita de Bom Jesus de Itabapoana, Branca Motta (PMDB), em 2014.
OUTRO LADO
A assessoria de Dias Toffoli rechaçou a acusação e garantiu que o ministro não tem conhecimento dos fatos mencionados pelo ex-mandatário do Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com a equipe, o ministro jamais atuou para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções enquanto magistrado.