Os últimos anos não estão sendo fáceis para o grupo Globo.
Um ano após anunciar o fechamento da rádio Globo em São Paulo, a fim de dedicar esforços somente à estação do Rio de Janeiro, o maior conglomerado de mídia e comunicação do Brasil e da América Latina confirmou que a revista Época deixará de circular semanalmente na forma impressa.
Segundo a nota oficial, a partir do dia 28 de maio, o conteúdo do periódico ficará restrito a ser veiculado como uma seção dentro do jornal O Globo, na esfera física e digital.
O comunicado explica: “os incontáveis desafios impostos pela internet mudaram radicalmente o ciclo das notícias”.
“É para enfrentar essa transição e continuar a oferecer ao leitor informação aprofundada e de qualidade – e no tempo que ele deseja – que Época vai se reinventar”, acrescenta o texto.
Contudo, a informação não foi bem aceita no meio jornalístico. Afinal, nos últimos meses, o grupo Globo anunciou a venda da Som Livre, que durante décadas foi considerada uma das maiores gravadoras do país.
A decisão, segundo a nota, faz parte de uma medida estratégica que foca numa revisão detalhada de seus ativos, direcionando os negócios que melhor atendem o cenário atual.
Sem esperar…
E agora, caindo como uma bomba, o fim de circulação da revista Época está gerando uma grande tensão nos bastidores. Diversos nomes do jornalismo estão temendo a nova onda de demissão que deve ser confirmada nos próximos dias.
A crise financeira, conforme tem registrado o Conexão Política já vem batendo na porta dos globais há tempos. Com a chegada da Covid-19, nem mesmo as grandes empresas estão conseguindo se livrar dos problemas causados pela pandemia.
O ‘império dos Marinhos’, que ainda é a maior emissora do país e uma das maiores do mundo, teve fortes quedas em suas receitas de publicidade. Com isso, decisões e revisões de contratos seguem sendo tomadas a pleno vapor.
Com diversos segmentos fechando as portas, o grupo Globo amarga um desgaste histórico.