Por volta das 8h da manhã desta quarta-feira (27), um policial civil foi baleado ao reagir a uma tentativa de assalto no Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Marcus Aurélio Garcia da Fonseca, 45 anos, estava acompanhado da mulher, a caminho da 20ª DP (Vila Isabel), quando parou o carro no sinal de trânsito na Rua Ferreira Pontes e foi abordado por criminosos que faziam arrastão em um outro veículo. Ao reagir, Marcus levou seis tiros e foi encaminhado para o Hospital Federal do Andaraí, onde passou por uma cirurgia. Além de sua mulher, que foi ferida por estilhaços na mão, um homem que estava passando na garupa de um mototáxi também foi atingido por um dos disparos no tiroteio.
No momento em que reagiu, um outro automóvel usado pelos comparsas dos bandidos atiraram. Ao menos um dos criminosos também foi baleado, mas conseguiu fugir. Mais 10 tiros atingiram o veículo da vítima, ao menos seis deles no para-brisas. Há marcas de tiros na porta do lado do motorista, nos retrovisores e um dos pneus foi furado por um dos disparos. Um carro branco, usado pelos bandidos e roubado na última semana, foi abandonado na Rua Outeiro, um dos acessos ao Morro do Cruz, uma perícia é realizada nele em busca de digitais.
“Ele estava parado no sinal e vieram dois bandidos em dois carros, fizeram arrastão e começaram a atirar”, relata o delegado Fábio Barucke, do Departamento Geral de Polícia (DGP).
Segundo policial vítima de bandios num intevalo de dez horas
O agente baleado no Andaraí é o segundo policial vítima de bandidos no Rio de Janeiro num intervalo de cerca de dez horas. Pouco antes da meia-noite, o agente federal aposentado Luis Carlos Dias foi ferido e morreu ao reagir a um assalto no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste de Rio.
Luis era casado e deixa duas filhas. Amigo e colega de profissão do agente, o delegado da Polícia Federal Alfredo Dutra esteve no local do crime e disse que está havendo um caça a policiais no Rio:
“Excelente policial, excelente pai de família, excelente colega. Uma pessoa que trabalhou muito para a Polícia Federal, foram muitos anos de dedicação, participou de diversas operações e investigações. Chegou ao final da carreira no cargo de agente de polícia, muito competente, supercapaz e superamigo. Uma perda. Ser policial no Rio está muito complicado. Se você for identificado, vai ser executado. Nós estamos sendo caçados.”
ATUALIZAÇÃO
Há pouco o Conexão Política recebeu uma informação de que Marcus Aurélio está passando por um grave quadro de hemorragia. De acordo com um funcionário do hospital, que não quis se identificar, o policial civil precisa ser transferido com urgência para a UTI, mas o hospital não tem vagas.