O Tribunal Especial Misto formou maioria, nesta sexta-feira (30), para para aprovar o impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Fizeram parte do Tribunal Especial Misto cinco desembargadores do Rio e cinco deputados estaduais fluminenses.
Para alcançar a condenação, eram necessários pelo menos sete votos contra Witzel.
Com o voto de Alexandre Freitas (Novo), o tribunal alcançou os sete votos necessários (dois terços) para a condenação e agora Witzel está definitivamente fora da gestão estadual.
Além de Freitas, e até a publicação desta reportagem, já haviam votado a favor do impeachment:
Os desembargadores Fernando Foch de Lemos Arigony da Silva, José Carlos Maldonado de Carvalho e Maria da Glória Bandeira de Mello e os deputados estaduais Carlos Macedo (Republicanos), Chico Machado (PSD) e Waldeck Carneiro (PT).
Com a decisão, Witzel perderá imediatamente o cargo.
Ao término da votação, os integrantes do Tribunal Especial Misto decidirão por quanto tempo o político ficará inelegível. O período máximo é de cinco anos.
O processo de impeachment foi aberto em junho do ano passado. Segundo a denúncia, ele cometeu crime de responsabilidade no enfrentamento à covid-19 pela participação em um vasto esquema de corrupção com o desvio de dinheiro público destinado a ações de combate à pandemia no Rio de Janeiro.
De acordo com Ministério Público Federal (MPF), o político era o cabeça de uma organização criminosa que fraudou contratos firmados pela gestão estadual.