Conforme antecipou o Conexão Política no mês passado, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), já decidiu a data para firmar a aposentadoria dele da Corte.
A saída ocorrerá três dias antes da data limite e, segundo ele, a decisão foi tomada para garantir proventos que poderiam não ser oferecidos caso optasse pela aposentadoria compulsória.
A partir da partida de Marco Aurélio, em 9 de julho, o presidente Jair Bolsonaro terá o direito de indicar um novo nome para ocupar a vaga no Supremo. No ano passado, o chefe do Executivo fez a sua primeira indicação ao Tribunal.
O escolhido foi Kassio Nunes Marques, que sucedeu o então decano Celso de Mello.
O sucessor de Marco Aurélio
Em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta-feira (23), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que os dois nomes analisados pelo pai são os de André Mendonça, atual advogado-geral da União, e Humberto Martins, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ainda nesta semana, Bolsonaro esteve em um encontro com pelo menos 20 pastores e lideranças evangélicas, no Palácio do Planalto, onde apresentou o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) como ‘terrivelmente evangélico’.
A expressão tem sido usada pelo mandatário desde que assumiu o poder e faz menção ao perfil do escolhido que pretende indicar para a Suprema Corte.
O encontro reuniu lideranças evangélicas de diferentes denominações. Entre elas, os pastores Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha; Silas Malafaia Filho, da Assembleia de Deus Taquara; David Miranda Neto, da Igreja Deus é Amor; e Fábio Sousa, da Igreja Fonte da Vida.
O Conexão Política ouviu algumas fontes próximas ao governo que dizem que Bolsonaro já decidiu indicar André Mendonça para a mais alta Corte do Judiciário.