Quantos ‘SIM’ e ‘NÃO’ já dissemos ao longo da nossa existência? Certamente, não foram poucos. Às vezes, proferimos uma resposta positiva, quando o real desejo coração queria dizer não, e vice-versa.
Nossas respostas, diante de cenários decisivos, tendem a ser influenciadas por aspectos que envolveram motivações tão profundas que mal conseguíamos identificar.
Quantas decisões contrárias foram tomadas sob a influência do medo, ansiedade ou complexos de inferioridade? Se não frearmos as tomadas decisões imediatas, a fim de pensarmos sobre o que se esconde por detrás delas, sempre teremos as mesmas consequências que nos levarão aos desânimos, frustrações, desmotivação.
Todos nós estamos, sem exceção, diante de desafios diários. Não podemos olhar para um problema e enxergá-lo de maneira modificada.
Na Bíblia, Moisés enviou os 12 melhores homens das tribos de Israel com a missão de espiar a terra de Canaã. Havia uma visão estratégica de reconhecimento de território, e eles deveriam trazer um relatório com o seguinte conteúdo:
“Vejam como é a terra e se o povo que vive lá é forte ou fraco, se são muitos ou poucos; se a terra em que habitavam é boa ou ruim; se as cidades em que vivem são cidades sem muros ou fortificadas; se o solo é fértil ou pobre; se existe ali floresta ou não. Sejam corajosos! Tragam alguns frutos da terra.” (Números 13:18-20)
Eles foram e retornaram de lá com grandes uvas, romãs e figos, significando que a terra era excelente, que de fato manava leite e mel. No relatório que trouxeram, destacaram todas as ‘benesses’ da terra, mas também relataram o que era impossível, segundo a visão deles.
“O povo que lá vive é poderoso, e as cidades são fortificadas e muito grandes… e espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra. Disseram: ‘A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que nela vivem. Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos.” (Números 13:28-33).
A iniciativa de possuir a terra estava dentro deles, mas o medo alojado brigava com tal desejo, que era o fator motivador que os fazia desestimular a si e ao povo. Mas ali, também havia um homem chamado CALEBE, que participou da mesma realidade que eles, e soube argumentar uma contra narrativa, dizendo: “Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!” (Números 13:30).
Certamente, o ‘relatório negativo’ já havia tomado conta do coração e das emoções do povo, que reagiu mediocremente: “E disseram uns aos outros: ‘Escolheremos um chefe e voltaremos para o Egito’”.
Calebe ganhou o reforço de outro guerreiro que esteve na missão: Josué. Então, os dois disseram a todo aquele povo:
“Se o Senhor se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde manam leite e mel, e a dará a nós. Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham MEDO do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas no Senhor está conosco. Não tenham medo deles!”. (Números 14:8,9)
Deus nunca fica em silêncio quando o medo do homem alcança seus propósitos. Ele jamais se cala diante daquilo que está afrontando Sua glória, Sua presença e Seus propósitos:
“Até quando este povo me tratará com pouco caso? Até quando se recusará a crer em mim, apesar de todos os sinais que realizei entre eles? Eu os ferirei com praga e os destruirei, mas farei de você uma nação maior e mais forte do que eles.” (Números 14:11).
Quando Deus resolve nos incluir em Seus propósitos, precisamos compreender que o medo é o sentimento mais danoso, pois sempre buscará expor os propósitos de Deus ao fracasso.
Deus nunca se colocará participante com aqueles que se deixam gerir pelo medo, pois tal destrói todas as boas perspectivas. Porém, Ele sempre honrará aqueles que não permitem o medo se tornar uma ‘metástase’ no próprio interior, pois “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2Timoteo 1:7).
“Como o meu servo Calebe tem outro espírito e me segue com integridade, eu o farei entrar na terra que foi observar, e seus descendentes a herdarão.” (Números 14:24).
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