O sindicato estudantil da França, União Nacional de Estudantes Franceses (UNEF), está envolvido em uma nova polêmica. A presidente do grupo, Mélanie Luce, reconheceu que os brancos são excluídos das reuniões que ela organiza sobre “experiências racistas”.
Personalidades como Marion Maréchal, diretora do Instituto de Ciências Sociais, Economia e Política (ISSEP), em Lyon, mostraram sua indignação no Twitter. “Como a universidade pode tolerar tanta discriminação e racismo contra os brancos dentro dela mesma?”, questionou.
“A presidente da UNEF, visivelmente constrangida, explica que as oficinas organizadas pelo sindicato estudantil são proibidas para brancos. Como a Universidade pode tolerar tal discriminação e racismo antibranco dentro dela mesma?”, escreveu Marion Maréchal, em 17 de março.
La Présidente de l’@UNEF , visiblement mal à l’aise, explique que des ateliers organisés par le syndicat étudiant sont interdits aux blancs. Comment l’Université peut-elle tolérer en son sein de telles discriminations et ce racisme anti-blanc? ➡️ pic.twitter.com/4jZzGDeDui
— Marion Maréchal (@MarionMarechal) March 17, 2021
Não é a primeira polêmica desta entidade.
Em outubro de 2017, o jornal francês ‘Le Monde’ publicou um artigo relatando um ato ocorrido na Universidade de Nanterre em 2016. Durante a demissão do ex-presidente do sindicato, William Martinet, vários muçulmanos deste grupo solicitaram permissão para entrar em uma sala para orar. Essa demanda foi aceita.
O evento não teve muita importância para a ex-presidente da UNEF, Lilâ le Bas:
“O secularismo não gera mais debate. Temos clareza sobre o que dizemos, como o aplicamos e como o defendemos nas universidades”, alegou.
Diante do incêndio na noite de 15 a 16 de abril de 2019, na catedral de Notre-Dame de Paris, um dos membros da UNEF, Hafsa Askar, garantiu que todo o caos gerado foi “uma ilusão dos brancos”.
Outra polêmica ocorreu na quinta-feira, 4 de março de 2021, quando a seção da UNEF na cidade de Grenoble publicou uma foto em sua conta no Twitter com colagens dirigidas a dois professores, chamando-os de ‘fascistas’ e denunciando que ‘a islamofobia mata’.
Os alunos acusaram um destes professores de ter questionado a relevância do conceito de ‘islamofobia’ e outro de possíveis comentários ‘islamofóbicos’ durante suas aulas. Isso criou polêmica desde que a UNEF foi criada “para se opor a todos os linchamentos públicos” e defender a liberdade de expressão.