Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello, o médico cardiologista Marcelo Antônio Cataxo Queiroga Lopes, que deve tomar posse na quinta-feira (18), tornou-se o mais novo alvo de grande parte da imprensa brasileira.
Após a substituição no comando do ministério, o médico de 55 anos passou a ser bombardeado na internet por apresentar alinhamento junto ao presidente da República.
Queiroga formou-se pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1988, e concluiu residência médica no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro/RJ, além de cursar doutorado em Bioética, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal.
Ele atua como diretor de Hemodinâmica e Cardiologia do Hospital Alberto Urquiza Wanderley e cardiologista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, ambos no estado da Paraíba.
Apesar de ser favorável ao isolamento social e ao uso de máscara para tentar controlar a transmissão da COVID-19, Queiroga ingressou na pasta da Saúde descartando a possibilidade de que o bloqueio total de atividades, o lockdown, seja uma política de governo para combater o surto da pandemia, o que gerou desconforto em muitos colunistas e editores das principais redações do país.
O novo ministro também já deixou claro: se depender dele, a economia não vai parar. Segundo ele, a população necessita de emprego e renda.
“O presidente quer que questões operacionais sejam colocadas de maneira clara, de tal sorte que o conceito de que o Brasil sabe vacinar se repita, e a gente consiga vacinar a população, que é a maneira mais eficiente de prevenir a doença”, declarou.
Sendo o quarto nome a assumir o Ministério da Saúde desde o início da pandemia, Marcelo Queiroga defende um diálogo maior com estados, municípios e diversos grupos da sociedade para vencer o novo coronavírus.
“Ou seja, criar uma grande união nacional, com um propósito de vencer a pandemia”, disse o cardiologista.
Por fim, tem dito que o que importa é salvar vidas. Dessa forma, de acordo com ele, os médicos devem ter total autonomia, inclusive para prescrever determinadas substâncias que, até o presente momento, não apresentam comprovação científica.
“Isso é uma questão médica. O que é tratamento precoce? No caso da Covid-19, a gente não tem um tratamento específico. Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, declarou.