Raramente encontramos alguém que não tenha assistido ao filme ‘A Procura da Felicidade’, baseado na vida de Chris Gardner, interpretado por Will Smith. É um filme repleto de cenas com frases que levam a mudança de rotas. Dentre tantas, há uma frase incrível dita no filme:
“Há coisas que acontecem na vida e há coisas que você faz acontecer.”
Frases como essa são capazes de mover qualquer um da mais dura zona de conforto. Aliás, pra quem não se deixa vencer, a vida permite que determinadas atitudes transforme a vida de outros. Um dos textos mais fascinantes na Bíblia Sagrada narra a vida de quatro leprosos que estavam morrendo de fome. Por uma determinada atitude eles conseguiram que a nação fosse salva, já que o cerco a Israel pelo rei da Síria já durava muito tempo e a fome tinha levado pessoas ao desespero ao ponto de comerem os próprios filhos.
Enquanto alguns se colocam numa posição de assistir as atrocidades que o inimigo impõe em suas próprias vidas, outros resolvem refletir e pensar em como levantar soluções salvíficas. Naturalmente, sempre aguardamos as melhores soluções daqueles que são mais inteligentes, mais sábios, mais geniais e mais preparados. Nessa história bíblica, a solução partiu de quatro homens improváveis, pois eram leprosos, viviam fora da cidade e não faziam parte daqueles que eram autoridades ou pensadores da época. Essa história tem algumas lições:
Eles decidiram conversar
Ainda que o desespero tenha tomado conta das pessoas que moravam na cidade e os leprosos fossem desprezados por conta da enfermidade que estava sobre seus corpos, ele decidiram conversar entre eles, chegando a seguinte conclusão:
“Porque ficar aqui esperando a morte? Se resolvermos entrar na cidade, morreremos de fome, mas se ficarmos aqui, também morreremos.” (2 Reis 7:3-4)
Nada é mais incrível que conseguir conversar sobre questões difíceis. As melhores soluções nascem quando conseguimos sentar e colocar à mesa aquilo que está nos afligindo. Aqueles quatro homens tiveram que ser realistas, se quisessem encontrar uma solução.
Eles decidiram viver!
Por mais que a solução encontrada tenha sido se entregar aos seus inimigos, eles descobriram uma oportunidade para continuarem vivos, ainda que de uma maneira remota. No fundo, eles sabiam que somente os vivos podem aguardar com esperança nAquele que é o autor da Promessa.
“Vamos, pois, ao acampamento dos arameus para nos render. Se eles nos pouparem, viveremos; se nos matarem, morreremos”. (2 Reis 7:4)
Nenhuma decisão é estranha quando ela nasce como fruto da nossa entrega e oração a Deus! Não temos que temer sobre o que fazer, pois nosso Deus está presente mesmo que não esteja visível diante dos nosso olhos. Não podemos nos entregar à morte, à doença, ao sofrimento e aos dominadores, pois fomos chamados para viver com liberdade em Cristo.
Eles não ouviram ou viram Deus diretamente
Embora a decisão deles não tenha sido sussurrada por Deus em seus ouvidos, eles agiram sob o princípio da sobrevivência e da promessa de Deus. Deus colocou a vida em nós para que pudéssemos refletir a sua Glória. Quando eles chegaram ao acampamento para se entregarem ao inimigo, algo incrível havia acontecido: NÃO HAVIA NINGUÉM! Todas as tendas estavam vazias e havia alimentos à vontade. Aconteceu que Deus agiu, fazendo os arameus ouvirem barulho de homens montados em cavalos e carros de guerra, levando-os a pensar que o rei de Israel havia contratado outros reis para abatê-los.
“Quando chegaram as imediações do acampamento, viram que não havia ninguém ali, pois o Senhor tinha feito os arameus ouvirem o ruído de um grande exército com cavalos e carros de guerra… fugiram ao anoitecer, abandonando tendas, cavalos e jumentos, deixando o acampamento como estava.” (2 Reis 7:5-7)
Foi a ‘mão invisível’ de Deus que fez o que eles não poderiam realizar. Todo o ‘barulho’ que o exército arameu ouviu jamais teria acontecido se quatro homens não tomassem a atitude de reagir, diante do quadro de fome e morte que estava diante deles.
Mesmo não ouvindo Deus, Ele se mostrará presente em função da nossa atitude de não nos acomodarmos diante das nossas guerras.
Ajude a evangelizar o mundo!