O slogan ‘eu sou brasileiro e não desisto nunca’ fez parte de uma campanha publicitária, lançada pela Associação Brasileira de Anunciantes, em que o objetivo era resgatar a autoestima do brasileiro. Acredito que a grande maioria de nós já chegou a refletir nessa frase. Essa expressão me fez lembrar da Fé e da disposição de quatro homens que levaram um amigo que era paralítico para ser curado por Jesus. A cura não era a questão maior, pois era certo que aquele que conseguisse se aproximar dEle, seria agraciado com a benção do milagre. O detalhe é o que chama a atenção de Jesus quando eles conseguem colocar o amigo frente-a-frente com Ele: “Vendo a fé que eles tinham…” (Marcos 2:5)
Como Jesus conseguia enxergar a intensidade de fé que havia em alguém? Muita das vezes eram pelas próprias palavras ditas a Ele mesmo, como foi o caso do Centurião quando pediu para que Jesus curasse seu criado, dizendo-lhe: “Dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado” – Mateus 8:8.
Essa fé, produto das nossas palavras na direção dEle, bem como por meio das nossas orações, consegue fazer com que Jesus perceba o quanto cremos nEle.
Outra forma de Jesus enxergar fé em uma pessoa, é quando a palavra que conhecemos sobre Ele se torna nossa âncora, onde nos apoiamos para expressar nossa fé, assim como aquela mulher do ‘fluxo sanguíneo’, que logo após ter ouvido falar de Jesus, pensou: “Se tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada. Imediatamente cessou sua hemorragia e ela sentiu em seu corpo que estava livre do seu sofrimento”. (Marcos 5:28,29). Em seguida, Jesus quis conhecer quem tocou nEle. Nós precisamos nos aplicar mais a esses atos de fé, em que o exercício é conversar mais com a Palavra que está dentro de nós, mesmo porque a “fé vem pelo ouvir e o ouvir a palavra de Deus”.
O brasileiro é um povo esforçado! Acredito que somos mesmo daqueles que não desistem com facilidade. Sobre a fé dos quatro amigos do paralítico, a percepção de Jesus destacou algo muito mais além, e penso que também deva fazer parte da nossa realidade.
Quando eles decidiram levar seu amigo até Jesus, logo se depararam com o obstáculo da multidão — o que seria quase impossível chegar até Ele, pois todos que ali estavam tinham também o mesmo objetivo, e eles não seriam uma exceção. Entretanto, não se intimidaram frente ao grau de dificuldade que estavam diante deles. Tiveram que pensar rápido. Olharam pra frente e para os lados, mas a solução mesmo estava em olhar pra cima, avistando uma grande oportunidade: entrar na casa onde Jesus estava pelo telhado.
Eles poderiam dizer o que que eu chamo de ‘fim da fé’: “Bom, pelo menos tentamos”, “Agora não tem mais jeito”, “Seja o que Deus quiser”, “Deus é quem sabe”…
E se eles tivessem desistido ali naquele momento? Um dos nossos desafios é não permitir que nossa fé seja ‘maquiada’, em que homens e mulheres de Deus não vão além do que deveriam. Precisamos fazer com que nossa fé tenha movimento dinâmico dentro de nós, para que com ela enxerguemos além das circunstâncias, pensemos com visão estratégica e geremos atitudes de quem está cheio de fé.
Quando o texto diz “vendo a fé que eles tinham”, Jesus percebeu todo o esforço que aqueles homens fizeram para chegar até ele — movidos pela fé dinâmica que neles havia — enfrentando com inteligência e fé os desafios que estavam ao redor, quando antes estavam distantes dEle.
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