A cheia do Rio Acre já prejudica ao menos 13,7 mil pessoas em Rio Branco. Cerca de 200 pessoas tiveram que ser levadas para abrigos provisórios. O transbordamento do rio – o segundo registrado este mês – já atingiu pelo menos 2,9 mil residências de 24 bairros da capital acreana, agravando a crise sanitária decorrente da pandemia de covid-19 e o surto de dengue que a cidade já vinha enfrentando.
Nesta última terça-feira (16), o prefeito Tião Bocalom (PP) decretou situação de emergência. O decreto permite ao Poder Público agilizar a aquisição de produtos e serviços necessários ao atendimento às populações afetadas, permitindo à prefeitura contratar serviços temporários e efetuar compras consideradas essenciais sem precisar de licitação.
Além disso, o reconhecimento da gravidade da situação possibilita aos gestores municipais pedir recursos emergenciais aos governos estaduais e federal para ações de assistência e de restabelecimento e manutenção de serviços essenciais.
Até a noite de terça-feira, ao menos 24 bairros de Rio Branco já tinham sido afetados pela cheia do rio. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, ao menos 2.740 residências foram atingidas. “É uma situação grave que justifica a decretação de situação de emergência pela inundação do Rio Acre”, declarou.
A prefeitura montou “módulos habitacionais” provisórios dentro do Parque de Exposições Wildy Viana, onde algumas famílias desabrigadas começaram a ser instaladas ontem à tarde.
Conforme o Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Acre, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), no fim da tarde de ontem o nível do Rio Acre atingiu, às 18h, 1,74 metros acima da cota de transbordamento do curso d´água, que é de 14 metros – o alerta de risco de transbordamento é disparado quando a água chega a 13,50 metros. O boletim da CPRM aponta para uma redução gradual do volume d´água no Rio Acre a partir desta quarta-feira (17).
As informações são da Agência Brasil.