O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva está impedido de concorrer às eleições presidenciais de 2022. Com a inelegibilidade do ‘chefe’, o Partido dos Trabalhadores (PT) deve lançar novamente Fernando Haddad como candidato ao Palácio do Planalto.
“Ele [Lula] me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar. Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad.
A decisão, porém, gerou repercussão negativa entre setores da esquerda brasileira que buscam uma unidade para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro, atual líder de todas as pesquisas de opinião para o pleito do ano que vem.
“Defendo que a esquerda busque unidade pra enfrentar Bolsonaro. Para isso, antes de lançar nomes, devemos discutir projeto”, afirmou Guilherme Boulos (PSOL), coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e candidato derrotado à Presidência da República e à Prefeitura de São Paulo, em 2018 e 2020, respectivamente.
Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse temer uma nova derrota em 2022.
“Indiscutível o direito de qualquer partido lançar candidato. As questões são outras. Qual o programa e quais as alianças para derrotar Bolsonaro? Pois, se há uma coisa que não temos direito, é a de perder novamente para ele”, declarou Dino.