Bem a tempo para o Dia Internacional em Memória do Holocausto nesta última quarta-feira (27), a Autoridade Palestina (AP) enfatizou sua atitude antijudaica e seu discurso de ódio para o qual a comunidade internacional fecha os olhos.
Em um programa da TV Palestina (TV PA), o apresentador afirmou aos telespectadores palestinos que o “Holocausto foi o preço que os judeus pagaram por seu mau comportamento” – suas “conspirações e maldades”. A TV PA é uma emissora local financiada pela Autoridade Palestina (AP).
O apresentador da PA TV disse em um programa de 23 de janeiro de 2021: “Neste episódio, intitulado ‘A ascensão de Hitler ao poder na Alemanha’, falaremos sobre os períodos muito delicados entre 1929 e 1935. Este é o período em que o sionismo declinou e quase acabou e desapareceu … preparações que levaram à Segunda Guerra Mundial na Europa, e este é o período em que o movimento sionista pagou o preço por suas conspirações e maldades nos países europeus”.
O programa de TV PA ‘From the Israeli Archive’ (Do Arquivo Israelita) está atualmente transmitindo partes de uma série de documentários israelenses de 1981 – ‘Pillar of Fire’ (Pilar de Fogo) – interpretação errônea da narração original – e até mesmo mal traduzida para apresentar uma interpretação palestina e antissemita.
A mensagem de que o pagamento aos judeus por sua “maldade” foi o Holocausto do apresentador da TV PA foi sobre o trecho de um episódio sobre os anos 30 (1930) e a ascensão do nazismo.
A declaração do apresentador está de acordo com o antissemitismo da AP que o instituto de pesquisas ‘Palestinian Media Watch‘ documentou por anos, incluindo a AP culpando os judeus pelo antissemitismo, além de outras mensagens antissemitas que espalha.
O discurso de ódio vem do topo da liderança da AP. Foi o próprio presidente da AP, Mahmoud Abbas, que afirmou que “os europeus cometeram massacres contra judeus a cada 10 a 15 anos durante séculos, culminando no Holocausto em resposta ao comportamento judeu”. A justificativa de Abbas para o antissemitismo era que “o ódio aos judeus não é devido à sua religião, mas sim ao seu papel social relacionado ao dinheiro e aos bancos”.
O movimento Fatah (Movimento de Libertação Nacional da Palestina) de Abbas também publicou um vídeo de propaganda autoproduzido sobre a história judaica na Europa, fazendo a mesma afirmação de que “os judeus são os culpados pelo antissemitismo”.
A produção de vídeo apresenta os judeus como uma “força maligna e ameaçadora” na Europa contra a qual os europeus tiveram que se defender. Os judeus, explicou o Fatah, “lideraram o projeto para escravizar a humanidade e se juntaram aos nazistas para queimar judeus e ganhar riqueza”. Os próprios judeus estabeleceram “guetos para se separarem das outras pessoas por arrogância e aversão aos não-judeus”. O documentário mentiroso ainda diz que os judeus “fizeram planos contra os não-judeus nos guetos”. De acordo com a emissora estatal palestina, esta era a base para o antissemitismo na Europa: “os judeus eram odiados por seu comportamento racista e sujo”.
Além de espalhar o antissemitismo, o próprio Abbas e alguns de seus associados seniores também se juntaram na disseminação do ódio aos judeus na emissora estatal palestina. Mahmoud Al-Habbash, que nomeou Abbas como seu conselheiro pessoal para o Islã, afirma que o conflito israelense-palestino é essencialmente o conflito histórico do Islã contra os judeus porque eles são “aliados de Satanás e espalham o mal e mentiras”. Israel é, segundo eles, “um projeto de Satanás“.
A figura religiosa indicada por Abbas como Chefe de todo o sistema escolar palestino, Imad Hamato, ensina que “os judeus são responsáveis por todos os conflitos na Terra e até no mar”.
“A humanidade nunca viverá em paz, prosperidade ou tranquilidade enquanto corromperem a terra; se um peixe luta com outro peixe no mar, tenho certeza de que os judeus estão por trás disso”, disse Hamato. De acordo com esta mensagem caluniosa e antissemita da AP, “a existência de judeus é uma ameaça fundamental para toda a humanidade”.