Guarde esta data: sexta-feira, 22 de janeiro de 2021. Trata-se de um dia que não pode ser passado em branco.
Com mais de 1 hora de duração, o Jornal Nacional, considerado o principal telejornal do país, tem contestado o papel de Jair Bolsonaro no gerenciamento da pandemia da covid-19 no país e, diuturnamente, sugerido a responsabilização do presidente na trágica marca superior a 200 mil brasileiros mortos em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus.
Todos os dias o JN faz duras críticas ao chefe do Executivo, reservando uma longa programação para promover reportagens que colocam o governo federal numa posição desfavorável, uma vez que o mesmo telejornal não concede o mesmo espaço de tempo para que os alvos tenham direito a uma resposta justa.
Na live semana do presidente desta última quinta-feira (21), o presidente rebateu mais uma critica feita pelo jornalismo da TV Globo e reproduziu um áudio do âncora do JN que dizia o seguinte: “Neste momento, o Brasil depende da Índia para receber vacinas, e depende da China para receber matéria-prima de vacinas. Não é uma situação confortável por causa dos rumos que o governo Bolsonaro deu à nossa diplomacia. O presidente e seu ministro das Relações Exteriores minaram as relações com esses países”.
A declaração foi dada no telejornal de quarta-feira (20).
Acontece que, ainda nesta quinta-feira (21), o governo da Índia liberou as exportações comerciais de vacinas contra a covid-19.
As primeiras remessas foram enviadas para o Brasil e Marrocos na noite do mesmo dia.
A liberação das autoridades indianas ocorreu um dia após a declaração de Bonner no JN.
Na tarde de hoje, 22 de janeiro, um avião com 2 milhões de doses do imunizante chegou ao Brasil.
Trata-se das vacinas desenvolvidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que estão sendo fabricadas no Serum Institute of India, considerado o maior produtor mundial de vacinas do mundo.
Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro comemorou o fato e destacou o papel do governo brasileiro nas negociações para salvar vidas no país contra o surto do vírus chinês.
E ainda hoje, na programação do Jornal Nacional, William Bonner irá noticiar a chegada da vacina de Oxford em solos brasileiros.
O anúncio é, sem dúvidas, um momento histórico. Não trata-se apenas de uma substância farmacêutica que chega ao Brasil para salvar vidas de um vírus que veio da China. Mais do que isso, a declaração de Bonner vai evidenciar os passos que estão sendo executados pelo jornalismo brasileiro.
Enquanto as redes sociais funcionarem de maneira livre, o monopólio da imprensa brasileira será refutada constantemente e nenhuma palavra será absoluta diante daqueles que estão atentos aos fatos.
A Rede Globo e o Jornal Nacional estão sentindo a força da democratização da informação, que não acorrenta mais o povo brasileiro.
É hoje que William Bonner vai noticiar a chegada da vacina de Oxford ao Brasil.