Uma indústria de bilhões de dólares está surgindo e poderá mudar as ricas tradições culinárias europeias. A dieta alimentar dos europeus está prestes a experimentar uma revolução, após a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos decidir que a larva-da-farinha ‘é segura para consumo humano’.
Há muito tempo a ONU tenta fazer com que as pessoas comam mais insetos. Em 2013, ela publicou um relatório intitulado ‘Insetos Comestíveis’. A organização alega que a coleta de insetos geralmente usa muito menos terra do que pastagens para vacas, com menos emissões de gases do suposto “efeito estufa” que ativistas climáticos alegam há anos.
Alguns países já aprovaram o consumo desse inseto antes. Agora, a nova autorização, que abrange toda a União Europeia, implica que o Velho Continente está à beira de uma grande mudança cultural.
A tendência é que a produção de alimentos à base de plantas ou insetos se torne uma gigantesca indústria. Nos últimos quatro anos, o investimento neste setor cresceu de forma hiperbólica. Aumentou de US $ 31 milhões em 2016 para US $ 1,3 bilhão em 2020.
A União Europeia havia travado esta atividade. A venda de insetos para alimentação na maioria dos países era claramente proibida. No entanto, o Reino Unido, os Países Baixos, a Bélgica, a Dinamarca e a Finlândia permitiram produtos à base de insetos nos supermercados.
O mercado está apenas começando na UE. Os principais atores na criação de alimentos à base de insetos para consumo humano são a Protifarm na Holanda; a Micronutris, na França; a Essentov na Suíça e a Entogourmet na Espanha.
Em outubro passado, a Ÿnsect, uma empresa francesa de larvas-de-farinha, adquiriu US $ 372 milhões em financiamento para construir a maior fazenda de insetos.
As 100.000 toneladas de larvas-de-farinha que eles vão produzir anualmente serão usadas para fornecer ração úmida para animais de estimação. Também servirão para produtos de consumo humano como alternativa à proteína whey.
Com informações, Forbes.