O Ministério da Energia de Israel disse em um comunicado à imprensa que, a partir de 2022, Israel não será mais dependente da importação de gás e será capaz de atender às suas próprias necessidades do combustível fóssil.
Israel atualmente mantém um suprimento de gás de emergência offshore [exploração e produção que ocorrem a alguma distância da costa] em navios da Unidade de Regaseificação de Armazenamento Flutuante (FSRU) na costa de Hadera. O cancelamento dessa unidade economizará aos israelenses mais de 250 milhões de shekels por ano em custos de eletricidade, aproximadamente R$ 431 milhões.
Israel opera atualmente dois grandes campos de gás natural no Mediterrâneo: Tamar, que bombeia gás desde 2013, e Leviathan, que iniciou a produção no ano passado. Uma terceira fonte de gás, o campo de Karish, deve começar a produzir gás no próximo ano. Nesse ponto, de acordo com o Ministério da Energia israelense, nenhuma reserva externa será necessária.
A infraestrutura da Unidade de Regaseificação de Armazenamento Flutuante (FSRU) existente, que foi construída em 2012, será mantida para ser usada em uma emergência, disse o ministério. O sistema torna possível importar e armazenar gás natural liquefeito e depois convertê-lo de volta em gás que é entregue por via marítima ao sistema nacional de transmissão de gás natural de Israel.
Em uma carta à empresa americana que fornece à FSRU, o diretor-geral do Departamento de Energia, Udi Adiri, agradeceu à empresa pelo serviço e disse que cancelaria o negócio.
Israel começou a usar o sistema da FSRU em 2013, quando as importações de gás do Egito cessaram e na época a única fonte de gás natural de Israel, o reservatório de gás Tethys, estava quase vazio.