O Pornhub, o maior site pornô do mundo, está sob muita pressão por causa das alegações de que está fechando os olhos para a propagação de vídeos abuso sexual infantil, estupro e pornografia de vingança. As empresas Mastercard e Visa descontinuaram sua parceria com o site. Enquanto isso, o site pornográfico decidiu remover 8,8 milhões de vídeos “não verificados”. Isso diz respeito a cerca de dois terços da oferta total.
A pressão sobre o gigante da pornografia aumentou desde a publicação de um artigo do escritor do The New York Times, Nicholas Kristof, que acusou o Pornhub de tirar vantagem de conteúdo ofensivo – e apelou ao primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, para tratar do assunto.
“Por que o Canadá hospeda uma empresa que faz vídeos de estupro em todo o mundo?” Perguntou Kristof – que compartilhou as histórias angustiantes de várias adolescentes que cometeram suicídio por causa de vídeos pornôs postados sem seu consentimento.
O artigo do The New York Times trouxe à luz uma polêmica que vinha borbulhando no Canadá há muito tempo, com 20 membros republicanos do Congresso dos EUA escrevendo uma carta aberta ao Procurador-Geral em novembro, instando-o a agir rapidamente contra o Pornhub e sua empresa-mãe, a MindGeek.
O clamor público crescente levou mais de dois milhões de pessoas a uma petição para tirar o site do ar, e Visa e Mastercard bloquearam os pagamentos para o Pornhub em 10 de dezembro.
“Como parte de nossa política de proibição de uploaders não verificados, agora também suspendemos todo conteúdo enviado anteriormente que não foi criado por parceiros de conteúdo ou membros do Programa Modelo”, disse o Pornhub em um comunicado. Desde então, o site removeu 8,8 vídeos do site.