Nesta quarta-feira (30), o governo de Donald Trump conquistou a vitória contra o regime comunista da China por meio de sua campanha de “Rede Limpa” (Clean Network), e assim os Estados Unidos põem fim às intenções do Partido Comunista Chinês na rede 5G.
Os Estados Unidos tiraram do jogo a empresa chinesa Huawei Technologies Co., fornecedora de infraestrutura de telecomunicações em muitos países. O esforço garantiu uma série de compromissos de governos para excluir provedores não confiáveis de suas redes sem fio 5G.
Desde janeiro, mais de 50 países e pelo menos 180 empresas de telecomunicações aderiram à iniciativa “Rede Limpa“, promovida pelos Estados Unidos. Atualmente, 27 dos 30 aliados da OTAN fazem parte da ‘Rede Limpa’, 26 dos 27 membros da União Europeia e 31 das 37 nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aderiram à internet limpa.
Esta aliança multidimensional inclui também o Brasil, bem como países tecnologicamente avançados, como Japão, Israel, Austrália, Cingapura, Taiwan, Canadá, Nova Zelândia e Índia.
Este triunfo para os EUA parecia impossível no início deste ano. A China, um ‘player’ (jogador) dominante no mercado global, parecia imbatível.
Essa luta dos Estados Unidos para convencer seus aliados a evitar fornecedores como a Huawei e a ZTE foi motivada há anos pelos riscos à segurança nacional e pelos alertas que o Governo Trump fez a respeito do perigo da dependência das tecnologias de um país regido por um partido comunista como o PCC.
Acabou o plano 5G do PCC
Nesta quarta-feira (30) os Estados Unidos acabaram com o plano 5G do Partido Comunista Chinês.
Em fevereiro, a Huawei anunciou que tinha 91 contratos comerciais 5G fora da China, sendo 47 dos contratos na Europa e 20 na Ásia. Para mudar o curso, o Departamento de Estado dos EUA lançou uma campanha em abril que clamava por um “caminho limpo” para todo o tráfego da rede 5G independente dentro e fora das instalações diplomáticas dos EUA, conforme descrito na lei americana de Autorização da Defesa Nacional de 2019.
Em janeiro de 2020, a Comissão Europeia, juntamente com os estados membros da UE, lançou a EU Toolbox para garantir que redes 5G seguras sejam implantadas em toda a Europa.
O ‘Caminho Limpo’ foi o primeiro de vários movimentos estratégicos da ‘Rede Limpa’ que o governo americano implementou para manter os dados e redes dos EUA protegidos contra o Partido Comunista Chinês (PCC).
No mês seguinte, o Departamento de Comércio dos EUA apertou os controles de exportação da Huawei, chamando-o de ‘ameaça à segurança nacional’. Mais tarde, o Pentágono colocou a empresa na lista negra por causa de seus laços com os militares chineses.
Em maio, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. anunciou que começará a fabricar os chips de 5 nanômetros mais avançados do mundo no Arizona. Este foi um marco importante para garantir a cadeia de suprimentos de semicondutores e uma rede 5G segura para os EUA e seus parceiros.
A Rede Limpa aborda “a ameaça à privacidade de dados, segurança, direitos humanos e colaboração para um mundo livre de autoritarismo”.
O Departamento de Estado dos EUA explicou as ações dos EUA e instou outros países a tomar medidas para proteger suas redes 5G. Keith Krach, subsecretário de Estado dos EUA para o crescimento econômico, energia e meio ambiente, foi o responsável pelo esforço.
Krach, ex-empresário e veterano do Vale do Silício, cunhou o termo ‘Rede Limpa’ e liderou a iniciativa de tirar o ímpeto da Huawei unindo aliados. E, em poucos meses, a rede conquistou um apoio internacional impressionante.
Em outubro, a Iniciativa dos Três Mares (Three Seas Initiative), um fórum de 12 estados da UE na Europa Central e Oriental, também anunciou o apoio à Rede Limpa na conferência anual na Estônia.
Krach também viajou para a América Latina em novembro para expandir a aliança, garantindo compromissos do Brasil, Equador e República Dominicana para se juntar à rede.
Hoje, a grande maioria dos membros da UE, da OTAN e da OCDE adotou o programa Rede Limpa.
Como resultado, os 90 negócios da Huawei foram reduzidos para apenas 12 fora da China. Isso mostrou que a China Inc. pode ser derrotada e, no processo, expôs sua maior fraqueza, que é a confiança”, concluiu Krach.
Os exemplos incluem o Reino Unido, República Tcheca, Polônia, Suécia, Estônia, Romênia, Dinamarca e Letônia. A Grécia concordou em usar a Ericsson, em vez da Huawei, para desenvolver sua infraestrutura 5G. Algumas das maiores empresas de telecomunicações do mundo também estão se tornando “Limpas”. A Orange na França, a Jio na Índia, a Telstra na Austrália, a SK e a KT na Coreia do Sul, a NTT no Japão e a O2 no Reino Unido estão rejeitando fazer negócios com ferramentas do Estado de vigilância do Partido Comunista Chinês, como a Huawei. As três grandes empresas de telecomunicações do Canadá decidiram fazer parceria com a Ericsson, Nokia e Samsung, porque a opinião pública foi totalmente contra permitir que a Huawei construísse as redes 5G do Canadá.
A Siemens Brasil também disse ser a favor de uma rede 5G limpa porque “não se trata apenas de telefones móveis; trata-se de processos críticos de manufatura, plataformas de petróleo e gás, redes de energia, sistemas de saneamento e a Internet das Coisas”. Para a Siemens Brasil, a Rede Limpa ajudará a garantir que a infraestrutura crítica da gigante sul-americana (sistemas de energia, transporte e saneamento) seja segura e confiável.
“A Rede Limpa nos ajudará a nos tornar uma plataforma de exportação confiável, expandindo o mercado brasileiro de 200 milhões de consumidores para potencialmente 500 milhões de consumidores”, disse a empresa.
“O impulso Rede Limpa mudou o curso da Huawei e do plano mestre 5G do PCC”, disse Krach durante uma entrevista para a The Epoch Times.