Conforme noticiou o Conexão Política, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e o ex-chefe da pasta, Sergio Moro, trocaram uma série de ofensas após o ex-chefe da pasta questionar se “tem presidente em Brasília?”.
Moro tem criticado o governo em torno das pautas de vacinação no país.
Ao todo, Mendonça fez seis menções em resposta aos comentários do ex-juiz da Lava Jato.
“Vi que [Sergio Moro] perguntou se havia presidente em Brasília? Alguém que manchou sua biografia tem legitimidade para cobrar algo? Alguém de quem tanto se esperava e entregou tão pouco na área da Segurança? Quer cobrança? Por que em 06 meses apreendemos mais drogas e mais recursos desviados da corrupção que em 16 meses de sua gestão?“, replicou Mendonça.
Moro então respondeu: “Ministro, o senhor nem teve autonomia de escolher o Diretor da PF ou de defender a execução da pena da condenação em segunda instância (mudou de ideia?), então me desculpe, menos. Faça isso e daí conversamos“.
Na sequência, Mendonça rebateu novamente: “1. Defendi da Tribuna do STF a execução da pena a partir da condenação em 2ª instância. 2. Rolando Alexandre é o meu Diretor da PF, até porque sua gestão tem resultados muito melhores que a anterior. Agora, se não por mim, mas por sua biografia e pelo povo brasileiro: por que sua gestão tem resultados bastante inferiores aos da minha gestão?“, pontuou Mendonça.
Por fim, Mendonça trouxe à tona a entrada do ex-juiz como diretor da empresa de consultoria americana Alvarez & Marsal, informação registrada pelo Conexão Política no dia 30 de novembro deste ano.
Trata-se do escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato.
“E por falar em escolhas… Por que você escolheu trabalhar para o Grupo Odebrecht?“, questionou o atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
Foi a última declaração de André Mendonça até a publicação desta matéria. Sergio Moro não havia respondido até o momento.