O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, voltou a fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
Dessa vez, ele classificou como “atraso” o fato do Brasil não ter iniciado ainda o processo de vacinação contra a Covid-19.
Em suas redes sociais, Moro afirmou que vários outros países já iniciaram a imunização e questionou se “tem presidente em Brasília?”.
“Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a Covid-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o governo abandonar o seu negacionismo?”, escreveu Moro.
A publicação do ex-juiz federal da Lava Jato gerou críticas entre internautas e até mesmo de autoridades políticas.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente, relembrou o episódio que ocorreu no início da pandemia, em que cidadãos foram presos e algemados por serem acusados de descumprirem medidas de isolamento social.
“Quem era o Ministro da Justiça quando mulheres eram algemadas na praia e senhoras jogadas ao chão apenas por estarem em praças? E por que se calava? Falando em América Latina, porque o senhor não menciona nossos vizinhos, que fazem lockdown mais severo mas tem mais infecções?”, rebateu.
Quem era o Ministro da Justiça quando mulheres eram algemadas na praia e senhoras jogadas ao chão apenas por estarem em praças? E por que se calava?
Falando em América Latina, porque o senhor não menciona nossos vizinhos, que fazem lockdown mais severo mas tem mais infecções? https://t.co/5vZOEN10Mg
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) December 28, 2020
Já Mário Frias, secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, também teceu críticas e chamou o ex-ministro de “Serginho fofoca”.
SEGINHO FOFOCA
— MarioFrias (@mfriasoficial) December 28, 2020
Sondado como um dos candidatos à Presidência na corrida eleitoral de 2022, Sergio Moro vem subindo o tom contra o atual chefe do Executivo, além de fazer críticas veladas a integrantes do governo federal.
Além disso, Moro tem defendido abertamente uma frente política com a centro-esquerda.
Em algumas ocasiões, ele chegou a listar Huck, Doria, Mandetta e Mourão como bons nomes para a sucessão ao Palácio do Planalto.
Desde que saiu do governo, o ex-juiz tem enfrentado muitas críticas e visto sua popularidade despencar.