O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), autorizou a reabertura do comércio.
A decisão foi tomada rapidamente após manifestantes tomarem as ruas de Manaus em protesto contra as medidas restritivas no sábado (26).
O decreto estadual proibia a abertura do comércio considerado não essencial por 15 dias.
Empresários e comerciantes criticaram o governo estadual pelas aplicações consideradas autoritárias.
Segundo o governador do Amazonas, a aplicação fazia parte de um conjunto de ações para conter a pandemia de Covid-19. Mas, a partir de agora, todo o comércio passa a reabrir a partir de segunda-feira (28).
Com isso, shoppings, bares, restaurantes e lojas de conveniência poderão voltar a funcionar durante período reduzido. A realização de festas e eventos permanece proibida.
A gravidade do problema
Conforme vem registrando o Conexão Política, medidas semelhantes a essas, tomadas por Wilson Lima, podem quebrar a economia do país.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também tem partilhado de pensamentos convergentes.
Um novo decreto estabeleceu que SP retorne à fase vermelha durante as festas de final de ano, inclusive nos primeiros dias de 2021. A medida entrou passou a vigorar no dia 25 de dezembro.
Há também um outro fator preocupante: a fome.
O avanço da pandemia está causando uma situação de calamidade não apenas na saúde/economia, mas também na área alimentar de populações mundo afora.
De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA), estima-se que o número de pessoas em situação de crise de fome subirá para 270 milhões antes do final de 2020.
O número é bastante elevado, sendo 82% acima do número registrado em 2019.
Ou seja, até o fim deste ano, de 6.100 a 12.200 pessoas poderão morrer de fome a cada dia em decorrência dos impactos sociais e econômicos do vírus chinês.
O alerta foi feito pela Oxfam Brasil no relatório ‘Vírus da Fome’.
O Brasil aparece entre os prováveis epicentros no mundo, juntamente com Índia e África do Sul.