Em Lucas 24:13-35, encontramos a história de dois homens que estavam regressando para seu povoado, logo após o terceiro dia da morte de Jesus.
No caminho, o próprio Jesus apareceu-lhes e estabeleceu um diálogo com eles, sem permitir que O reconhecesse. Daí, “fingiu” não saber do que se tratava a conversa entre os dois.
Quando contaram a Ele sobre o que discutiam, Jesus discorreu sobre a necessidade profética do Cristo passar por tais sofrimentos, dando provas suficientes a eles pelas próprias Escrituras.
Eles gostaram tanto do que estavam ouvindo, que convidaram Jesus para ficar na casa deles, já que o anoitecer estava surgindo. No momento em que estavam à mesa para comer, Jesus partiu o pão. Naquele momento, os olhos daqueles homens se abriram e não houve mais dúvidas. Assim, concluíram que era o próprio Jesus quem andava com eles no caminho de Emaús.
O ponto que gostaria de ressaltar não é o fato incrível de não reconhecerem a Jesus; mas, sobre a pergunta que fizeram uns aos outros quando Jesus desapareceu:
“E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?.” (Lucas 24:32)
Infelizmente, eles fizeram como a grande maioria de nós têm feito. Ignoraram as palavras de um “coração em chamas”. Eles sentiam que o coração ardia enquanto o Senhor falava com eles, mas não deram atenção. Pergunto: o quê teria acontecido se dessem atenção no exato momento em que o coração deles passou a queimar, diante das palavras de Jesus?
Não temos essa resposta, mas podemos buscar nossa própria experiência, diante dAquele que diz:
“Eis que estou a porta e bato.” (Apocalipse 3:20).
Muitos de nós já tivemos a experiência de ter o coração queimado pela voz do Senhor, onde Ele nos chamou para um momento de maior intimidade. No estudo das Escrituras, na oração, na prática de realizar um jejum ou até mesmo aconselhando alguém espiritualmente. Porém, os nossos afazeres, outros compromissos e indiferenças vieram como um balde cheio d’água sobre um ‘coração em chamas’.
Em meio a tantas notícias que invadem a nossa mente, conduzindo nosso coração a uma diversidade de sentimentos, logo somos mergulhados num mar de emoções e inconstâncias, em que muitas vezes acontecem os descontroles, os desânimos e as desistências.
De uma coisa tenho certeza: Jesus continua falando e ardendo no ambiente em que está o nosso coração. Quantos de nós precisamos parar para identificá-lo, e deixar que sua Voz queime intensamente em nosso interior? Imagino que precisamos voltar a sentir o coração arder por Ele, por suas palavras de amor e verdade.
Talvez, se aqueles homens dessem atenção as chamas que queimavam os corações, certamente teriam mudado a rota para a direção certa, especialmente, sobre as circunstâncias em que estavam.
“Oro ainda para que os olhos do vosso coração sejam iluminados, para que saibais qual é a real esperança do chamado que Ele vos fez.” (Efésios 1:1).
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