R$ 53,7 milhões em bens do grupo ligado ao prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foram bloqueados.
A decisão partiu da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guitta, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Segundo as investigações do Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), da Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro (CIAF) e da Polícia Civil, o montante é aproximado ao valor do prejuízo causado pelo esquema conhecido como “QG da Propina”.
No mesmo dia da prisão, conforme registrado pelo Conexão Política, agentes confiscaram mansões e apreenderam uma lancha, 98 cavalos e 280 bois.
Nesta última terça-feira (22), o subprocurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Ricardo Ribeiro Martins, disse que a organização criminosa denunciada pelo MP, que atuava na Prefeitura do Rio de Janeiro conseguiu arrecadar, pelo menos, R$ 50 milhões em propinas pagas por empresas de fachada, que apresentavam notas fiscais para pagamento por meio do sistema de restos a pagar do orçamento do município.
O valor está sendo pedido pelo órgão ministerial em indenização à prefeitura. De acordo com Martins, além dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, o esquema praticava corrupção ativa por parte de empresários e corrupção passiva com os políticos.
“Foram em diversas ocasiões com os pagamentos mensais”, indicou em coletiva no MPRJ.