O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira (22) em uma operação da Polícia Civil e do Gaocrim/MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).
Crivella foi detido em casa, no bairro Península, na Barra da Tijuca, e levado para a Cidade da Polícia, na região do Jacaré.
O desdobramento faz parte da Operação Hades, que apura suposto pagamento de propina dentro da Prefeitura do Rio de Janeiro, considerado pela investigação um ‘QG da Propina’.
Por meio de uma nota, o MP-RJ afirma que não poderá passar maiores informações porque a investigação corre em segredo de Justiça.
A prisão de Crivella ocorre a 9 dias do término do mandato. Ele segue negando todas as acusações.
O prefeito faz questão de dizer que foi o chefe do Executivo municipal que mais combateu a corrupção, cobrando da Justiça e afirmou ser vítima de uma perseguição política.
Além de Crivella, também foram presos o empresário Rafael Alves e o delegado Fernando Moraes. As defesas de ambos ainda não se manifestaram.
Os três passarão por exames no Instituto Médico Legal (IML) antes de ingressarem no sistema prisional.
Eles também serão submetidos a uma audiência de custódia, às 15h, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
O ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos) também foi alvo da ação, mas não foi encontrado em casa.
Lopes foi secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do governo de Wilson Witzel (PSC).
Nota oficial do MP-RJ
“O Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (GAOCRIM/MPRJ) confirma que realizou operação na manhã desta terça-feira, em conjunto com a polícia civil, para cumprir mandados de prisão contra integrantes de um esquema ilegal que atuava na Prefeitura do Rio. Em razão do sigilo decretado pela Justiça, não podem ser fornecidas outras informações.”