A atriz Nicette Bruno morreu na manhã deste domingo (20), aos 87 anos. Ela deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio, após ser diagnosticada com Covid-19.
De acordo com o último boletim médico, o estado de saúde de Nicette “era considerado muito grave”. A informação da morte foi confirmada pelo hospital por volta das 13h20min.
Nascida Nicete Xavier Miessa, no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói/RJ, a atriz fez sua estreia profissional em 1945, na peça teatral Romeu e Julieta, baseada na obra literária homônima de William Shakespeare.
Filha única da atriz Eleonor Bruno e de Sinésio Campos Xavier, Nicette Bruno casou no dia 26 de fevereiro de 1954, na Igreja Santa Cecília, em São Paulo, com o ator Paulo Goulart, que conheceu dois anos antes, durante a peça Senhorita Minha Mãe, de Louis Verneuil, e com quem teve três filhos, os também atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho.
Aos 4 anos de idade, a pequena Nicete Xavier Miessa já declamava e cantava no programa infantil de Alberto Manes, na Rádio Guanabara. Aos 5 anos, começou a estudar piano no Conservatório Nacional e, aos 6 anos, ingressou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Entrou para o grupo de teatro da Associação Cristã de Moços aos 11 anos, passando, depois, pelo Teatro Universitário, de Jerusa Camões, e pelo Teatro do Estudante, dirigido por Pascoal Carlos Magno e Maria Jacintha. Aos 14 anos de idade, já era atriz profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Ficou viúva em 2014, quando o marido morreu de câncer.
Entre os seus trabalhos na televisão destacam-se as novelas Rosa dos Ventos (1973), Éramos Seis (1977), Selva de Pedra (1986), Bebê a Bordo (1988), Rainha da Sucata (1990), Mulheres de Areia (1993), A Próxima Vítima (1995), Alma Gêmea (2005), Sete Pecados (2007), A Vida da Gente (2011), Salve Jorge (2012), Joia Rara (2013), I Love Paraisópolis (2015), Pega Pega (2017), além da série infantil Sítio do Picapau Amarelo (2001/04).
Nicette é considerada uma das pioneiras da televisão brasileira e uma das referências na história da teledramaturgia nacional.