A Espanha foi o único país da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que manteve relações militares com a Venezuela. Esse relacionamento terminará em 31 de dezembro, pois o Ministério da Defesa espanhol decidiu fechar unilateralmente seu adido militar em Caracas, informou a organização Control Ciudadano.
Segundo esta organização não-governamental, “Madrid considera pertinente o desaparecimento de um diálogo direto com os militares venezuelanos de Caracas”.
O adido será administrado pela embaixada da Espanha em Cuba. Dessa forma, perde-se a capacidade de se relacionar e receber informações no país.
Não é segredo para ninguém que o establishment militar tem grande influência na política e na economia venezuelana, o que se espera aumentar nos cenários de 2021.
A decisão do Governo da Espanha acompanha a decisão de outras nações ocidentais de isolar ainda mais o regime ditatorial socialista de Maduro. Os países que ainda têm adido militar na Venezuela são muito poucos. Entre eles: Bielorrússia, Cuba, China, Irã, México, República Dominicana, Rússia, Uruguai e Vietnã estão entre os que mantêm relações militares com a Venezuela.
Com esta decisão, está claro, por enquanto, que os interesses estratégicos da Espanha não visam a retomada do diálogo com o governo madurista da Venezuela.