Um novo relatório divulgado no sábado (5) pela Academia Nacional de Ciências (NAS) revelou que as doenças de diplomatas americanos que trabalhavam na Embaixada dos EUA em Havana, Cuba, no final de 2016 e no Consulado dos EUA em Guangzhou, China, no início de 2017, podem ser consistentes com um ataque de radiofrequência.
O relatório da NAS, que foi concluído a pedido do Departamento de Estado dos EUA, listou uma série de causas potenciais de doenças sustentadas por dezenas de diplomatas americanos, mas concluiu: “esses sintomas agudos eram mais consistentes com um ataque de energia direcionada de radiofrequência (RF)”.
O relatório foi divulgado depois que funcionários do Departamento de Estado americano relataram ter sofrido problemas auditivos, além de dores de cabeça, tonturas, náuseas, défices cognitivos e até perda de memória. Alguns dos funcionários também descreveram ter ouvido um barulho de clique. O último estudo da NAS sugere que o som indutor de doenças pode ter sido um ataque sônico deliberado.
O relatório diz: “Muitos dos sintomas agudos e observações da fase inicial relatados por funcionários do Departamento de Estado dos EUA são consistentes com os efeitos de RF, incluindo um som de clique percebido dentro da cabeça, mesmo quando os ouvidos estavam cobertos”.
O relatório da NAS não culpa nenhuma nação ou grupo específico pelo ataque sônico, mas afirma que “houve uma pesquisa significativa na Rússia/URSS sobre os efeitos das exposições a RF pulsadas, em vez de ondas contínuas (CW)”. O relatório também afirma que estudos de exposição à RF em militares em “países comunistas da Eurásia” experimentaram sintomas semelhantes aos relatados pelos diplomatas dos EUA.
A Rússia negou qualquer conexão com o suposto ataque sônico. O site Axios relatou que a diretora da CIA, Gina Haspel, “não concluiu que o Kremlin foi o responsável”.
Cuba também negou qualquer conexão com o suposto ataque sônico em Havana, embora os EUA tenham interrompido os serviços de vistos para cubanos e expulsado diplomatas cubanos que trabalhavam na embaixada cubana em Washington, em uma resposta de retaliação ao ataque. Em 2018, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, disse: “Lembramos enfaticamente ao governo cubano sua responsabilidade de proteger nossos diplomatas nos termos da Convenção de Viena”.