Uma análise forense feita por um ex-analista de inteligência militar, cujo nome não foi divulgado na declaração que acompanha o processo da advogada Sidney Powell contra funcionários em Michigan, apontou a existência de suposta vulnerabilidade de acesso dos servidores da Dominion Voting Systems. O relatório revela que o sistema foi “comprometido por atores corruptos, como Irã e China”.
Este processo foi movido por Powell, em 25 de novembro, contra a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, contra a secretária de Estado de Michigan, Jocelyn Benson, e contra o Conselho de Observadores de Michigan.
A ação cita o depoimento do ex-analista de inteligência eletrônica do 305º Batalhão de Inteligência Militar dos EUA e busca mostrar que “o software Dominion foi acessado por agentes que agiam em nome da China e do Irã para monitorar e manipular as eleições, incluindo as últimas eleições gerais dos Estados Unidos em 2020”.
Outro processo na Geórgia amplia a reclamação, alegando que “ao usar servidores e funcionários conectados a agentes corruptos e influências estrangeiras hostis, combinados com numerosas credenciais vazadas facilmente detectáveis, a Dominion permitiu de forma negligente que adversários estrangeiros acessassem os dados e conscientemente forneceu acesso a sua infraestrutura para monitorar e manipular as eleições, inclusive as mais recentes de 2020”.
Este analista afirmou ter vasta experiência como ‘hacker do bem’ contratado por alguns dos principais especialistas eleitorais do mundo. Ele também assegurou que examinaram as ligações da rede Dominion e encontraram inter-relacionamento com entidades como a rede chinesa em Hunan.
Outra análise forense, apresentada no processo pelo ex-militar, confirmou os links para um endereço IP iraniano e concluiu que “esses comportamentos examinados mostraram que agentes estrangeiros das nações agressoras tiveram acesso às listas de eleitores dos EUA e o fizeram recentemente”.
O especialista assegurou que suas descobertas representam um “fracasso total” da Dominion em fornecer “segurança cibernética básica”.
“Não é uma questão tecnológica, mas uma questão de governo e segurança básica: se não for corrigida, as futuras eleições nos Estados Unidos e fora dele não serão seguras e os cidadãos não terão confiança nos resultados”, concluiu o analista.
Smartmatic e Venezuela
A Dominion, que está ligada à empresa questionada Smartmatic Corporation, reagiu às alegações por meio de um comunicado, no mesmo dia em que Powell entrou com o processo em Michigan, dizendo que havia “alegações infundadas contra a empresa e seus sistemas de votação” nos últimos dias.
A empresa assegurou no texto da declaração que “os sistemas de votação da Dominion são projetados e certificados pelo governo dos Estados Unidos para serem fechados e não dependem de conectividade de rede. As guias Dominion também não têm portas de memória USB expostas ou outras.”
Isso aconteceu depois que Powell alegou em seu processo que centenas de milhares de votos ilegais, inelegíveis, duplicados ou puramente fictícios foram possibilitados por fraude eleitoral maciça.
O processo de Powell alega que o software e hardware de votação da Dominion Voting Systems, usados pelo Conselho de Observadores do Estado de Michigan, ajudou a facilitar a fraude.
“Os sistemas Dominion são derivados de software desenvolvido pela Smartmatic Corporation, que se tornou a Sequoia nos Estados Unidos”, diz o processo.
A Dominion disse que não tem laços financeiros ou organizacionais com a Smartmatic, embora tenha comprado ativos de uma empresa que anteriormente pertencia à empresa. Tanto a Dominion quanto a Smartmatic, criada por engenheiros na Venezuela, negaram ter ligações com governos estrangeiros.