Tida como uma das eleições mais acirradas da história, o pleito de 2020 deve provocar uma expressiva alternância de siglas nas Prefeituras e Câmaras Municipais pelo país.
Se levarmos em consideração as duas últimas eleições, podemos enxergar uma forte guinada à direita nos anos de 2016 e 2018. Até então, o nome que mais pesou para essa mudança no cenário político brasileiro chama-se Jair Messias Bolsonaro.
No Rio de Janeiro, a expressiva votação veio de Carlos Bolsonaro, que conseguiu arrematar mais de 106 mil votos.
Sendo o vereador mais votado da capital fluminense, Carlos já mostrava a força da família Bolsonaro. Apesar disso, o crescimento do eleitorado mais à direita também se materializou em outros cenários.
O Brasil, nação que possui mais de 80% da população declarada cristã, voltou a ecoar um novo tempo político.
O resultado faz parte da onda conservadora que começa a crescer no Brasil, incluindo o Rio de Janeiro. Não só isso, a população passou a ter uma maior consciência do que realmente prega o progressismo, agenda que contraria os princípios da fé cristã. Dessa forma, os pilares do conservadorismo ganhou forma, voz e figuras eleitas.
A força da juventude
Neste ano, mais uma semelhança pode voltar a se repetir no pleito de 2020. Líderes de movimentos de rua, que estão se candidatando a vereadores nas principais capitais do país, podem ser eleitos e registrarem votações expressivas.
A diferença, contudo, é que eles não são figuras ‘desconhecidas’ para o eleitorado que está insatisfeito com atual quadro político. Apesar de novos na política, alguns nomes já são figuras conhecidas e possuem confiança para muitas pessoas.
Ao analisar o eleitorado conservador na Internet, não é difícil ver comentários que relatam decepção com diversas lideranças de movimentos de rua.
O que chama atenção é que muitos desses que foram eleitos na ‘onda do barulho’, apenas tinham um rosto conhecido pelos manifestantes, mas não possuíam um histórico ligado a todas essas pessoas que marcavam presença em atos políticos.
O cenário parece mudado. Entre nomes ligados a movimentos de rua, muitos deles já são bastante ligados ao eleitorado conservador e bastante cogitados bem antes do pleito 2020.
Os nomes que serão apresentados nesta matéria foram bastante circulados nos principais veículos de comunicação do país.
Eles são de Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nicolas Ferreira – Belo Horizonte
Da Direita Minas para o cenário político.
O jovem de 24 anos é uma figura carimbada do movimento mineiro. Há anos integrando a liderança do grupo, Nikolas ganhou destaque ao confrontar estudantes de esquerda em debates universitários.
Quase sempre rechaçado por grupos políticos antagônicos, ele ganhou protagonismo ao fazer registros contínuos mostrando a rotina de um jovem conservador no meio acadêmico.
Disputando o cargo de vereador na Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nikolas recebeu o apoio de Eduardo Bolsonaro e do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Dom Lancelotti – Fortaleza
Conhecido na redes sociais como Dom Lancelotti, o jovem nordestino recebeu destaque por ser homossexual e não flertar com a agenda política LGBT.
Dom passou a usar as plataformas digitais para fazer campanha para o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro.
Ele também chegou a coordenar eventos com outros eleitores que são assumidamente gays e que apoiam Bolsonaro.
Dom Lancelotti chegou a conhecer o Palácio do Planalto e tornou-se amigo próximo da primeira-dama Michelle Bolsonaro, tendo a candidatura apoiada e indicada por ela nas redes sociais.
Davy Albuquerque – Rio de Janeiro
Um dos fundadores do Conexão Política também resolveu lançar-se candidato no pleito deste ano. Trata-se de Davy Albuquerque, de 20 anos.
Davy, que conheceu Bolsonaro ainda na época da escola, com 13 anos, passou a ingressar na política desde então.
Em 2016 foi um dos idealizadores e fundadores do Conexão Política, que atualmente é um dos maiores jornais digitais do país. Anos depois, foi um dos fundadores do Movimento Brasil Conservador (MBC), que chegou a reunir milhões em manifestações pelo país.
Sendo um dos internautas mais influentes do eixo conservador e um dos mais atacados pela grande imprensa, Davy Albuquerque tenta uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e já recebeu o apoio de Marco Feliciano, do ator Raul Veiga e de Igor Araújo, lutador de MMA.
Edson Salomão e Caíque Mafra – São Paulo
Edson Salomão, conhecido pelo Movimento Conservador, que nas últimas eleições emplacou uma ‘onda conservadora’ na capital paulista, além de se envolver em bastante desentendimentos com a oposição, é um dos nomes a disputar a Câmara Municipal pela capital paulista.
Edson é apontado como um dos principais nomes a emplacar a guinada à direita no estado de São Paulo, ao lado de Douglas Garcia, que atualmente é deputado estadual por São Paulo.
Além dele, há outro nome com bastante força nas redes sociais também disputa uma vaga na Câmara de São Paulo.
Caíque Mafra, de 26 anos, passou a cobrir eventos políticos nas redes sociais e a declarar opiniões sobre diversos assuntos. Sempre com viés conservador, o jovem dizia que era necessário romper a hegemonia da esquerda no país.
Além disso, ele também foi responsável por coordenar manifestações pelas ruas de São Paulo.
Edson e Caíque surgem de um eixo bastante semelhante e apesar de disputarem o mesmo eleitorado, ambos são visto como grandes apostas da bancada conservadora na capital paulista.
Membros e participantes assíduos de atos promovidos pelos movimentos de rua, esses candidatos prometem fortalecer o avanço da direita no país e consolidar o caminho para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.