O diretor do Departamento de Crimes Eleitorais do Departamento de Justiça dos EUA, Richard Pilger, pediu demissão no fim da noite desta última segunda-feira (9).
A decisão veio à tona após o Procurador-Geral dos Estados Unidos, William Barr, autorizar investigações sobre possíveis “irregularidades na apuração de votos” na eleição norte-americana.
Pilger chegou a enviar um e-mail a colegas sobre o corrido. Segundo ele, Barr estava emitindo “uma nova diretriz” ao “revogar a Política de Não Interferência que existe há 40 anos para investigações de fraude eleitoral no período de eleições”.
Trechos do e-mail foram obtidos pelo jornal The New York Times.
No texto, Pilger diz que “tendo me familiarizado com a nova política e suas ramificações (…) devo lamentavelmente renunciar ao meu papel como Diretor do Agência de crimes eleitorais“, escreveu.
“Eu gostei muito de trabalhar com vocês por mais de uma década e fazer cumprir de forma agressiva e diligente as leis, políticas e práticas eleitorais criminais federais, sem medo ou favorecimento partidário“, completou.
Ao justificar a autorização das investigações, Barr afirmou que a diretiva nunca foi “uma regra rígida”.
Ainda segundo ele, há casos em que postergar uma investigação para esperar o resultado final da votação pode “resultar em situações em que a má conduta eleitoral não pode ser corrigida de forma realista”.