As autoridades em Michigan estão examinando mais de perto os resultados eleitorais distorcidos no condado de Antrim, com forte concentração de republicanos, localizado na parte norte do estado, que poderiam somar cerca de 5.000 votos para o Presidente Donald Trump e o candidato republicano ao Senado, John James. E isso é apenas o começo de um problema que pode envolver dezenas de outros condados.
O Detroit Free Press relatou que a funcionária do condado de Antrim, Sheryl Guy, uma republicana que concorreu sem oposição e ganhou um terceiro mandato de quatro anos na terça-feira (3) no condado fortemente republicano, disse que os resultados em fitas eletrônicas e um cartão de computador eram precisos, mas então, os resultados pareciam ter sido de alguma forma alterados, depois que os cartões foram transportados em sacos lacrados dos distritos municipais para o gabinete do condado e baixados em um outro computador.
O jornal relatou que Trump ganhou no condado em 2016, com cerca de 62% dos votos, em comparação com Hillary Clinton, que recebeu cerca de 33%. Trump derrotou Clinton por cerca de 4.000 votos no condado.
Mas na quarta-feira (4), os resultados das eleições municipais mostraram o democrata Joe Biden liderando por um pouco mais de 3.000 votos que o Presidente Trump, com 98% das apurações eleitorais.
As autoridades não verificaram os resultados antes de serem publicados. Mais tarde, Sheryl Guy questionou: “Como os democratas podem dominar este condado?”
A equipe de Guy está revisando as fitas contendo os resultados das eleições e recontando os números manualmente para ter certeza de que estão corretos.
Tom McMillin, ex-parlamentar estadual do condado de Oakland e membro do Conselho Estadual de Educação, disse ao Detroit Free Press que, em sua estimativa, Trump e James poderiam receber um ganho líquido de 4.000 a 5.000 votos. Outros candidatos também seriam afetados. “E é muito mais amplo, potencialmente estendendo-se a dezenas de outros condados.”
“Então, como isso aconteceu?”, disse Guy que está trabalhando junto à empresa que faz a manutenção do equipamento eleitoral para encontrar a origem das discrepâncias. Ela também afirmou que pode ter ocorrido essa discrepância devido a um “erro humano” não especificado.
Jornalistas americanos e funcionários do estado também estão questionando se esse erro ocorreu em outros condados. Como o jornalista do Red State, Nick Arama, apontou: “Parece que descobrir o motivo disso acontecer é tão importante quanto a recontagem [de votos] para se ter certeza de que o problema não foi repetido em outro lugar. Embora seja óbvio em Antrim, que sinalizou o problema, pode não ser tão óbvio em outro lugar.”
Joe Gumm, um âncora de notícias local da KXXV-TV tuitou sobre o uso desse programa ‘Election Source’ pelo estado, e como outros 33 condados também usaram este mesmo programa potencialmente comprometido para compilar seus votos totais.
“ATUALIZAÇÃO: O Gabinete do Secretário do Condado de Antrim em Michigan me disse que o programa eleitoral usado (Election Source) teve problemas e o gabinete agora está analisando o total de 16.047 votos. A fonte com quem falei disse que acredita que outros 33 condados utilizaram o programa”, escreveu Joe Gumm no Twitter.
UPDATE: The Antrim County Clerk’s Office in Michigan told me the election program it used (Election Source) had issues and the office is now reviewing 16,047 total votes. The source I spoke with said she believes 33 other counties used the program. #postelection2020
— Joe Gumm, MSc (@JoeGummTV) November 4, 2020
O comentarista político americano, Dennis Lennox, também questionou os votos totais de outros condados que também usaram o software.
“Trump não perdeu no condado de Antrino, em Michigan. Agora está confirmado que 32 outros condados usam o mesmo software que o condado de Antrim. Ele obterá mais de 6.000 votos de Antrim. E os outros condados com o mesmo software?”, twittou Lennox.
Trump did not lose #AntrimCounty in #Michigan. It is now confirmed that 32 other counties use the same software as Antrim County. He will get 6,000-plus votes out of Antrim. What about the other counties with the same software?
— Dennis Lennox (@dennislennox) November 4, 2020
Enquanto isso, outra “falha” também pode ser responsável pelos 138.339 votos que foram para Biden em Michigan na manhã de quarta-feira (4). O jornal The Federalist publicou que “Biden de alguma forma obteve todos os votos e Trump não obteve nenhum, zero, em um ‘despejo’ de votos durante a noite.”
Embora essa discrepância tenha sido encontrada e relatada pelo jornalista Sean Davis, do The Federalist, após ele verificar a informação no site do The New York Times, o Twitter censurou seu tweet. Matt Walsh, do site Daily Wire, também apontou esse ‘despejo’ de 138.339 votos para Biden em um post no Twitter, mas os usuários da rede social não puderam ‘curtir’ ou compartilhar a postagem, porque ela foi censurada.
O The Federalist relatou que o ‘despejo’ de 138.339 votos foi o resultado de um alegado ‘erro de digitação’, ‘um zero a mais’, que foi adicionado ao total de votos de Biden no Condado de Shiawassee, em Michigan. O ‘erro’ só foi encontrado depois que Davis e outros usuários de mídia social notaram o quão suspeito parecia aquele total de votos repentinos.
Durante um pronunciamento nacional na noite de quinta-feira (5), o Presidente dos EUA, Donald Trump, denunciou as inúmeras situações ocorridas no Michigan e em outros estados que podem ter comprometido gravemente a integridade do processo eleitoral nacional. Ele também enfatizou que tomará ações legais.
“Nós acreditamos que vamos ganhar a eleição com muita facilidade. Nós acreditamos que haverá muito litígio, já que temos tantas provas, tantas provas. E isso vai acabar, talvez, na mais alta corte do país … porque não podemos ter uma eleição roubada como esta”, disse Trump.