Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (19) que colocaram na lista negra dois indivíduos e seis entidades chinesas por suas negociações com uma empresa de navegação iraniana que os EUA impuseram sanções no início deste ano.
A empresa iraniana anteriormente visada é a Companhias de Navegação da República Islâmica do Irã (IRISL), disse o Departamento de Estado dos EUA.
“Hoje, reiteramos um aviso às partes interessadas em todo o mundo: se fizerem negócios com a IRISL, correm o risco de sofrer sanções dos EUA”, disse o Secretário de Estado, Mike Pompeo, em um comunicado.
Pompeo disse que a comunidade internacional há muito tempo reconheceu que o regime iraniano usa a IRISL e suas subsidiárias para transportar “itens sensíveis à proliferação” destinados aos programas militares e de mísseis balísticos do Irã.
O Departamento de Estado americano colocou em sua lista negra a IRISL e a sua subsidiária E-Sail Shipping, com base em Xangai, em 8 de junho e avisou que qualquer parte interessada que continuasse a fazer negócios com a IRISL ou com a E-Sail corria o risco de sofrer sanções, segundo Pompeo.
Desde então, a IRISL e a E-Sail, o Reach Holding Group (Xangai) e a Reach Shipping Lines providenciaram ancoradouros para os navios da IRISL nos portos chineses. A Reach Shipping Lines também forneceu quatro grandes navios porta-contêineres a outra subsidiária da IRISL, disse o Departamento de Estado dos EUA.
O Departamento listou a Reach Holding Group (Xangai) e a Reach Shipping Lines entre aquelas sancionadas em 19 de outubro. As outras entidades são a Delight Shipping, a Gracious Shipping, a Noble Shipping e a Supreme Shipping.
Os indivíduos visados são o diretor executivo e o presidente do Reach Holding Group (Xangai).
Como consequência da sanção, os ativos de entidades e indivíduos que estão sob a jurisdição dos Estados Unidos são congelados e empresas dos Estados Unidos ficam geralmente impedidas de negociar com essas entidades e indivíduos chineses da lista.
As sanções são as mais recentes na sequência da decisão do Presidente dos EUA, Donald Trump, de se retirar unilateralmente do acordo nuclear com o Irã de 2015, sob o qual Teerã se comprometeu a limitar suas atividades nucleares em troca de alívio das sanções econômicas.
Trump argumentou que o acordo não foi longe o suficiente e disse que a pressão econômica forçará Teerã a encerrar seu programa nuclear e a parar de apoiar terroristas.