Em 2016, ano mais recente das eleições municipais até aqui, vimos claramente uma mudança brusca no cenário político brasileiro.
O panorama político do país, visto sob qualquer ângulo, apontou claramente para uma ascenção do conservadorismo no Brasil.
O país, que há décadas era dominado por uma política de esquerda, sustentada em pautas progressistas, aos poucos já sinalizava uma forte ascensão de pensamentos e valores que estavam ecoando fortemente nos Estados Unidos e em outros países ao redor do mundo.
Do lado de lá, por exemplo, tínhamos Donald Trump e Partido Republicano, que levantavam a bandeira do conservadorismo em seu mais alto escalão. Do lado de cá, tínhamos algumas figuras políticas fazendo uma forte e ousada oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT) e a toda e qualquer pauta que pudesse ser ligada ao modo esquerdista de pensar e governar.
Para uns, o cenário era apenas ‘fogo de palha’ e, consequentemente, passaria muito rápido. Para outros, tudo não passava de um delírio coletivo.
Até que as eleições 2016 chegaram. O cenário previsto se confirmou: o conservadorismo disparou com tudo. Houve uma forte mudança nas Câmaras e nas prefeituras. De um modo geral, as eleições municipais concederam vitória àqueles que levantaram a bandeira em nome de Deus, da Pátria e da família.
O Brasil, nação que possui mais de 80% da população declarada cristã, voltou a ecoar um novo tempo político.
Não há como falar de eleições de 2016 sem citar o cenário da capital do Rio de Janeiro, que elegeu Marcelo Crivella.
Com uma ampla vantagem sobre Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Crivella cravou 59,36% e saiu vitorioso no segundo turno.
O resultado faz parte da onda conservadora que começa a crescer no Brasil, incluindo o Rio de Janeiro. Neste cenário, em específico, a expressiva vitória de Marcelo Crivella, foi impulsionada pelo eleitorado evangélico, que representa um terço dos quase 4,9 milhões de votantes da capital fluminense.
Além disso, os fortes escândalos de corrupção contra figuras da esquerda brasileira, enfraqueciam mais e mais o palanque progressista.
Não só isso, a população passou a ter uma maior consciência do que realmente prega o progressismo, agenda que contraria os princípios da fé cristã. Dessa forma, os pilares do conservadorismo ganha forma, voz e figuras eleitas.
A onda Bolsonaro em 2018
Com o cenário 2016 concretizado, uma nova onda já passava a ser encarada como realidade. Ao contrário do ano eleitoral anterior, que foi analisado de forma cega por muitos analistas dos principais veículos de comunicação do país, por exemplo, o cenário de 2018 já não era mais analisado de forma fria.
Pelo contrário, os principais veículos do país, assim como também os jornalistas que integram essas empresas, passaram a atacar exaustivamente o conservadorismo, alertando para um ambiente que poderia se transformar no palco do autoritarismo.
Ao longo de 2017 e 2018 não se falava em outra coisa, a não ser o ‘risco contra a democracia’ que o país poderia enfrentar num cenário semelhante ou igual ao de 2016.
Parte da imprensa brasileira, que por muitos é classificada de ‘imprensa profissional’, não perdeu a oportunidade fazer inúmeras fake news. A máquina midiática foi erguida para atacar, caluniar e difamar diversos nomes que ousavam levantar a bandeira do conservadorismo.
Jair Messias Bolsonaro, um político que por muitas vezes foi manchete contínua por suas declarações autênticas e fora da curva, passou a ser completamente ignorado pela imprensa brasileira, a ponto de raramente ser mencionado.
Nos institutos de pesquisas, por exemplo, Bolsonaro surgia nos primeiros levantamentos como uma figura nanica, sem representar nenhum perigo para os demais candidatos. Em contrapartida, mostrando uma série de contradições, a imprensa brasileira insistia em falar em risco à democracia, caso um candidato conservador assumisse o comando do país.
Não demorou muito para que Jair Bolsonaro atrair multidões por quer que fosse. Na Internet, nas ruas, nos aeroportos. O nome de Bolsonaro era cada vez mais ecoado pelo país.
Mesmo diante de ataques constantes por parte da imprensa e também da oposição, o nome de Bolsonaro só crescia.
Quando o cenário político finalmente se aproximou, já não havia mais como negar: o fenômeno Bolsonaro seria eleito.
No primeiro turno das eleições, o então deputado estadual do Rio de Janeiro fez 46,03%, contabilizando 49.276.990 milhões de votos.
No segundo turno, a vitória foi selada com 57 milhões de votos, derrotando o candidato petista Fernando Haddad.
Com a força de Bolsonaro, o PSL elegeu 125 deputados, sendo 76 estaduais e 49 federais.
Dos 27 governadores, a onda Bolsonaro elegeu 12.
O cenário mais uma vez se repetiu e o conservadorismo saiu vitorioso nas eleições de 2018.
Em 2020 tem mais
Uma nova onda está chegando. Trata-se do páreo eleitoral de 2020, que promete ser uma das mais disputadas de todas as eleições municipais que o Brasil já teve.
Se os anos eleitorais de 2016 e 2018 solidificaram o conservadorismo pelo Brasil, 2020 certamente mostrará a força avassaladora da direita, do conservadorismo e do movimento liberal na economia.
As tendências políticas ficaram claras nos últimos anos, evidenciando a derrota da esquerda e vitória da direita. O conservadorismo tende a tomar a maioria das cadeiras das prefeituras e câmaras municipais deste ano.
Um dos fatores determinantes, outra vez, será evidenciado pela figura do presidente e a força política que ele representa.
Um levantamento recente do PoderData mostra um novo salto de Bolsonaro, tendo um crescimento ‘avassalador’ na popularidade do governo.
A pesquisa indica que o chefe do Executivo teve alta positiva de 7 pontos percentuais em agosto em relação ao último levantamento, realizado 15 dias antes.
Com isso, a aprovação do governo Bolsonaro subiu de 45% para 52%.
O levantamento foi realizando entre os dias 17 a 19 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos.
2.500 pessoas foram entrevistadas em 481 municípios, nas 27 unidades da Federação.
Em ascensão
Mas não é só no Brasil, não. É Brexit, nacionalismo na França, conservadorismo nas nossas eleições americanas. É no mundo inteiro.
Emerge uma nova direita que ganha espaços não só na América Latina, mas nos EUA e na Europa. As bandeiras do conservadorismo estão sendo levantadas na política, na linha de frente, mas não apenas nesse setor.
O principal fato para o crescimento do conservadorismo no Brasil chama-se ‘guerra cultural’.
Na guerra cultural, as armas são as palavras. Não basta apenas utilizar a verdade, pois assim não haveria tanta perseguição a ativistas.
A década de 60 é um exemplo claro. Nada foi resolvido pela força durante os anos do regime militar e não seria agora.
Como diz Olavo de Carvalho: guerra cultural não se vence com armas.
Na guerra cultural, a grande tropa é formada de intelectuais e os resultados são constatados a longo prazo.
A partir desse raciocínio, é fixada a necessidade de espalhar universidades, escolas, jornais, revistas, partidos, produtoras, games e tudo mais conservadores. Logo, para combater a esquerda e tudo que viola os princípios conservadores, cada vez mais é necessário cada cultura e mais cultura.
Numa guerra ideológica, a cultura que vence é aquela que está mais enraizada.
Entrevista
Diante dessa realidade, o Conexão Política conversou com a empresário, comunicador e líder da Brado Rádio, que será a primeira rádio conservadora da Bahia.
Com o propósito de resgatar um poderoso espaço cultural preenchido por décadas pela mídia progressista, que no Brasil finge isenção, a iniciativa da Brado Rádio trará música, informação, debates, opiniões, análises e principalmente pautas sobre o conservadorismo no Brasil.
Com transmissão diária, todos os dias da semana, Thimoteo Oliveira menciona os desafios e perspectivas de promover um projeto grandioso, ousado e essencial no segmento cultural brasileiro.
Leia a seguir, na íntegra, a entrevista que realizamos.
CP: A princípio, quem é Thimoteo Oliveira, idealizador desse projeto?
TO: Thimoteo Oliveira é cristão, de 32 anos. Um cristão que está preocupado com o Brasil, com o futuro das crianças, e que tem uma real preocupação com o marxismo cultural — instalado há anos em nosso país. Sou empresário, trabalho há anos com o setor audiovisual e também com comunicação, em Salvador, onde resido. Eu sou alguém interessado em ajudar o meu país e o meu povo no processo de restauração cultural.
CP: Como surgiu essa ideia e qual a previsão de lançamento?
TO: Já temos o local, os estúdios e tudo. A previsão é lançarmos dia 22 de outubro. O nome, com exclusividade, falarei para vocês do Conexão Política. Chama-se ‘Brado’, que faz menção ao Hino Nacional, trazendo a concepção de uma busca, de um resgate pela verdade. Chamará ‘Brado Rádio’. A nossa ideia é realizar uma fusão de rádio e televisão, fazendo transmissões por Youtube e por aplicativos para Android e iOS. Teremos uma grande estrutura, com cenário, com GC, com vinheta, com vídeo. Estamos investindo no segmento de vídeo, algo focado em bastante qualidade, em um aprofundamento técnico com equipamentos, microfones, câmeras e etc.
CP: Você evidenciou que a Brado Rádio terá um posicionamento claro. No Brasil, hoje, a imprensa não assume um lado, um posicionamento. Já vocês, no entanto, estão seguindo na contramão. Como você enxerga essa realidade?
TO: Existe, é claro, a necessidade dos veículos noticiarem a verdade. Só que, obviamente, temos a nossa opinião, o nosso lado. Sabemos que não existe esse suposto debate democrático que a mídia prega. São todos eles com viés marxista. As faculdades foram tomadas por pessoas ligadas a esses movimentos que escravizaram e mataram pessoas. E a nossa posição é diferente. Estamos do lado da verdade, do lado dos fatos, da história real. Queremos mostrar como os fatos são. Enquanto a mídia traz coisas relativizadas, deixando ‘no ar’ se o bandido é culpado ou vítima da sociedade, por exemplo, nós tomaremos lado e falaremos abertamente nossas ideias. O nosso formato não será uma espécie de podcast, mas conteúdos de rádio mesmo, através da internet, proporcionando uma extrema qualidade de conteúdos, de filmagem e som.
CP: Quando se fala de estrutura física, de equipamentos e etc, as mídias conservadoras ainda são bastantes limitadas. Você disse que há um forte investimento neste aspecto e que vocês terão uma grande estrutura, certo?!
TO: A estrutura é tudo hoje. Logo, além do espaço físico, é preciso também ter um conteúdo de qualidade para oferecer as pessoas. Muitos portais têm conteúdos de excelência, tem resultado e tudo mais, porém não tem a estrutura de qualidade. O problema é que temos milionários brasileiros, que se dizem conservadores, de direita, mas não investem nas mídias conservadoras. O cenário mudou totalmente e hoje conseguimos ver pessoas se mexendo, saindo da zona de conforto para criar mídias alternativas, mas ainda não temos pessoas que tenham interesse pela verdade e que financiem esses projetos, que mantenham a estrutura, que anunciem suas empresas nesse ramo. Isso é muito triste no Brasil. E chego a fazer um apelo a todos empresários, todos que estão no ramo conservador. A Brado Rádio, por exemplo, só estará de pé porque estou sustentando do meu bolso. Mas eu sei que não é todo mundo que consegue sustentar uma mídia alternativa e, consequentemente, não conseguem fazer os devidos investimentos para sustentar o projeto e mover uma grande equipe midiática. Logo, faço um verdadeiro desafio a todos empresários de direita, aos patriotas. Se vocês querem o fim do marxismo cultural e entendem a importância dessa guerra, financiem esses portais, financiem esses grupos. A mídia alternativa passa dificuldade para se manter e necessita de ajuda. Por muitos anos os empresários ganharam dinheiro durante os governos anteriores, e chegavam a achar que isso não era socialismo por justamente se beneficiar dessas gestões, de certo modo. Eu tenho fé que muitos olhos serão abertos, cientes que a guerra cultural é de extrema relevância. Sobre a estrutura, estamos trabalhando para apresentar o melhor.
CP: Como é lançar um projeto conservador no Nordeste, que é cercado de políticos ‘coronéis’ e de uma clara perseguição aos opositores?
TO: É muito triste. O Brasil, sobretudo o estado da Bahia, vive uma hegemonia marxista e, é claro, existe essa perseguição. A verdade é que nós ainda vivemos numa era de coronelismo. Existem fortes e intensas perseguições. Afinal, são governos e partidos da esquerda. Hoje, aqui em Salvador, não existem portais totalmente conservadores. Existem, sim, alguns isentos, mas não conservadores. E o motivo maior é o medo, que vai desde retaliações financeiras e até mesmo violações de integridade física. Blogueiros e jornalistas já morreram aqui no estado por se opor. E desde cedo deixei isso muito claro para toda a minha equipe, uma vez que devemos estar preparados. Ainda assim, entendo que é uma extrema necessidade no Brasil e principalmente no Nordeste. Por isso, enxergo que se o medo dominar, perdurar, não conseguiremos realizar nada. É óbvio que esperamos receber críticas, retaliações e etc, mas estamos prontos para divulgar a verdade, mostrar o que de fato está acontecendo.
CP: Sabendo da realidade doutrinária nas universidades, onde estudantes não estão sendo formados para exercer jornalismo, mas uma militância escancarada, a Brado Rádio, sendo uma nova mídia, terá a equipe formada a partir de qual critério?
TO: Sim. É uma extrema dificuldade. Até questionamos se faríamos seleção ou alguma coisa do tipo, pois é muito difícil encontrar pessoas que pensem como nós. Porém, por eu já ser da área de comunicação, já conheço uma grupo que são conservadores e eles estarão conosco. São médicos, advogados, professores, que atuarão como produtores de conteúdos. Por isso descartamos uma cenário geral, de um tipo de contratação específica, pois é muito difícil encontrar alguém que não esteja engada na causa militante marxista. É raro, muito raro. É uma realidade muito forte, que até os dias de hoje os jovens andam com camisa de Che Guevara, exaltam Stalin e etc. Apesar de tudo isso, o cenário atual não nos limitará de compor uma excelente bancada para atuar nesse campo da comunicação.
CP: E como será a sua participação no projeto?
TO: Eu tenho DRT de radialista e estarei firme, juntamente com a equipe. Inicialmente, a minha ideia era ficar nos bastidores, na administração. Mas eu farei parte e, inclusive, já integrei um programa de rádio aqui em Salvador. Aliás, era até um programa conservador.
CP: A Brado vai assumir uma postura abertamente conservadora?
TO: Sim. Teremos uma posição conservadora, uma linha editorial conservadora. Isso será muito claro e transparente com o nosso público. Eu tenho várias referências, a exemplo da Fox News, lá nos Estados Unidos. Aqui, no Brasil, tenho o portal do Conexão Política como referência também. Faremos um conteúdo de qualidade, com seriedade e profissionalismo. Estaremos nas ruas, com equipe de reportagem na Câmara Municipal de Salvador, na Assembleia Legislativa do estado, até mesmo acompanhando o dia a dia do governador. Neste contexto, os políticos que possuírem uma linha política diferente da nossa, nós daremos espaço da mesma forma, mas deixando clara a nossa posição, os nossos questionamentos. A minha dúvida principal é: será que eles vão aceitar e lidar com quem pensa diferente? Eis a questão. A Brado Rádio virá com essa nova proposta. Estamos dispostos a conquistar um público vasto. É uma verdadeira guerra cultural.
CP: Você é cristão. Até anos atrás, os cristãos estavam acuados em suas posições na sociedade. Contudo, nos últimos anos, temos visto um forte avanço das lideranças cristãs em várias esferas da sociedade. Como você enxerga essa ascensão?
TO: Eu sou evangélico, nasci num lar protestante. Há muito tempo se construiu uma crítica errada, de que política e religião não se misturam. E isso é o que eu chamo de positivismo evangélico, uma vez que se omitir é abrir mão do real caminho do evangelho, abrindo e permitindo que a agenda positivista chegue e destrua tudo. Esse pensamento positivista evangélico abre mão da verdade, enquanto a esquerda atua comendo pelas beiradas até conseguir o poder. Até na Igreja Católica, por exemplo, o pensamento esquerdista entrou e dominou, a exemplo da Teologia de Libertação. É preciso que os cristãos assumam suas posições e estejam na linha de frente para conscientizar a importância de ser coerente, de defender as pautas que abrangem os princípios da maioria população, que são justamente nós, os cristãos, os conservadores.
Qual mensagem você deixa para o público do Conexão Política? Qual o convite da Brado Rádio?
TO: A minha mensagem se resume em dizer que a hegemonia do pensamento acabou. A partir de agora, teremos uma rádio que fala a verdade e buscará ser a sua voz, a voz conservadora. Não existirá nenhuma intervenção ideológica ou qualquer coisa semelhante. Abordaremos os fatos e traremos a opinião, a análise. A brado será regida pela verdade, sendo guiada por uma fé inabalável em Deus. Iremos romper completamente a espiral do silêncio e seguir avançando com as nossas bandeiras. Para você, que sempre sentiu sozinho no grupo de amigos por pensar diferente, que por muito tempo foi calado na faculdade ou no meio social, saiba que a Brado chegou para você! Realizaremos um intenso trabalho para consolidar esse projeto e estamos dispostos a trazer esse novo meio de comunicação, que será feita com extrema qualidade e uma grande estrutura. A brado chegou para você!
Siga a Brado Rádio no Instagram!