Durante o primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden, na noite desta última terça-feira (29), o representante do Partido Democrata citou o Brasil durante o tópico sobre as mudanças climáticas.
Biden afirmou que, caso eleito, fará uma coalizão internacional para transferir US$ 20 bilhões ao governo Bolsonaro. A quantia, segundo o candidato, deverá ser destinada à preservação do bioma.
“A floresta tropical do Brasil está sendo derrubada, arrancada. Aquela floresta absorve mais carbono do que todo o carbono emitido pelos Estados Unidos. Eu reuniria vários países, levantaria 20 bilhões de dólares, e diria: ‘Aqui estão 20 bilhões de dólares, parem de desmatar a floresta’”, disse.
O que parecia promessa de solidariedade, contudo, se transformou em ameaça: “E, se não pararem [com as queimadas], terão consequências econômicas significativas [sanções]”, completou.
https://twitter.com/SamPancher/status/1311132913866600450?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1311132913866600450%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fconexaopolitica.com.br%2Fmundo%2Feua%2Fjoe-biden-ameaca-impor-sancoes-ao-brasil-por-queimadas-na-amazonia%2F
Did Biden really just say he wants to hand $20 billion to Brazil?
What happened to America First? #Debates2020
— DeAnna Lorraine 🇺🇸 (@DeAnna4Congress) September 30, 2020
REPERCUSSÃO NO BRASIL
Logo após após a declaração de Biden, o assessor especial do presidente Jair Bolsonaro para Assuntos Internacionais realizou uma publicação no Twitter.
“Nenhum dinheiro do mundo pode comprar nossa liberdade e nossa soberania. Boa noite a todos!”, escreveu Filipe Martins.
Nenhum dinheiro do mundo pode comprar nossa liberdade e nossa soberania. Boa noite a todos! 👍🏻
— Filipe G. Martins (@filgmartin) September 30, 2020
BOLSONARO
Nesta terça-feira (30), foi a vez do próprio mandatário brasileiro responder o representante do Partido Democrata.
“O candidato à presidência dos EUA, Joe Biden, disse ontem que poderia nos pagar U$ 20 bilhões para pararmos de “destruir” a Amazônia ou nos imporia sérias restrições econômicas. O que alguns ainda não entenderam é que o Brasil mudou. Hoje, seu Presidente, diferentemente da esquerda, não mais aceita subornos, criminosas demarcações ou infundadas ameaças. NOSSA SOBERANIA É INEGOCIÁVEL”, escreveu.
Bolsonaro ainda declarou: “Meu governo está realizando ações sem precedentes para proteger a Amazônia. Cooperação dos EUA é bem-vinda, inclusive para projetos de investimento sustentável que criem emprego digno para a população amazônica, tal como tenho conversado com o Presidente Trump”.
“A cobiça de alguns países sobre a Amazônia é uma realidade. Contudo, a externação por alguém que disputa o comando de seu país sinaliza claramente abrir mão de uma convivência cordial e profícua. Custo entender, como chefe de Estado que reabriu plenamente a sua diplomacia com os Estados Unidos, depois de décadas de governos hostis, tão desastrosa e gratuita declaração. – Lamentável, Sr. Joe Biden, sob todos os aspectos, lamentável.”, finalizou o chefe do Executivo.
5- Custo entender, como chefe de Estado que reabriu plenamente a sua diplomacia com os Estados Unidos, depois de décadas de governos hostis, tão desastrosa e gratuita declaração.
– Lamentável, Sr. Joe Biden, sob todos os aspectos, lamentável.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 30, 2020