O ministro Dias Toffoli afirmou nesta sexta-feira (4) que a decisão mais difícil que precisou tomar, durante seu mandato como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), foi a abertura do inquérito das fake news.
“Foi a decisão mais difícil da minha gestão a abertura desse inquérito. Mas ali já vínhamos vivendo algo que vinha ocorrendo em outros países, o início de uma política de ódio plantada por setores que queriam e querem destruir instituições, que querem o caos”, disse Toffoli, em entrevista após um balanço de sua gestão.
O ministro, que deixa a presidência do Supremo na próxima quinta-feira (10), afirmou ser necessário combater os que “querem o caos” e acrescentou que a “história vai avaliar o papel desse inquérito na democracia do Brasil”.
O inquérito das fake news foi aberto em março do ano passado pelo próprio Toffoli, que indicou o ministro Alexandre de Moraes como relator.
O objetivo era apurar ataques e calúnias contra ministros do Supremo e seus familiares.
A medida, considerada inconstitucional por inúmeros juristas, causou polêmica por ter sido implementada sem a participação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação continua aberta e, ao longo do tempo, passou a ter como alvo apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
As informações são da Agência Brasil.