O governo de Pernambuco e a administração de Fernando de Noronha autorizaram a retomada gradual da visitação turística ao arquipélago de Fernando de Noronha a partir desta terça-feira (1º).
Contudo, apenas pessoas que provarem já ter sido infectadas pelo novo coronavírus, e que estejam recuperadas, poderão ingressar no distrito pernambucano.
Anunciada na última quinta-feira (27), a medida se insere na oitava etapa do Plano de Convivência com a doença, que também permitiu desde ontem (31) a retomada do comércio de praia e a reabertura dos museus e espaços de exposições de cidades da chamada Macrorregião de Saúde 1, que contempla a Região Metropolitana do Recife e a Zona da Mata.
Para visitar uma das 21 ilhas que formam o arquipélago de Fernando de Noronha, o turista terá que apresentar às autoridades locais exames que indiquem a presença de anticorpos contra a covid-19.
Anticorpos, ou imunoglobinas, são proteínas que o sistema imunológico humano produz quando o organismo é alvo da ação dos chamados antígenos – substâncias estranhas ao organismo, tais como vírus e bactérias, às quais os anticorpos tentam neutralizar e eliminar.
Para comprovar a presença de anticorpos, serão aceitos tanto os resultados do teste molecular (RT-PCR), desde que realizado há mais de 20 dias, quanto os dos exame sorológico (IgG), feito menos de 90 dias antes da data do embarque.
Os exames deverão ser apresentados durante o processo de pagamento da Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que agora só pode ser feito pela internet, até 72 horas antes do viajante embarcar com destino ao arquipélago. Anexado ao recibo de pagamento da taxa, o interessado deverá enviar o resultado do exame confirmando que já teve a covid-19.
A visitação turística ao arquipélago foi proibida no fim de março. A solução encontrada para permitir a retomada da atividade, no entanto, divide opiniões, já que cientistas ainda tentam compreender por quanto tempo o organismo de uma pessoa infectada pelo novo coronavírus consegue produzir anticorpos contra a doença.
Sucessivas pesquisas vêm apontando que os níveis de anticorpos encontrados em pacientes recuperados da covid-19 diminuem rapidamente entre dois e três meses após a infecção.
Além disso, apesar de serem considerados raríssimos, casos de reinfecção já foram confirmados em diferentes países – no último dia 26, o Ministério da Saúde negou a existência de qualquer caso de reinfecção no Brasil.
As informações são da Agência Brasil.