Imagem: Divulgação/Conexão Política
Comecemos com uma pergunta: qual o sonho máximo de carreira de um brasileiro médio? Resposta: passar em um concurso e ter a tal estabilidade — que consiste em trabalhar para o governo, não produzir (ou produzir muito pouco) inchar a máquina pública e tirar dela seu salário (mais benefícios).
Antes que algum leitor comece a arrancar os cabelos num ‘ataque de pelancas’ digno de Hollywood e da galera da ‘lacração’, eu devo dizer que não há nada de imoral em ser um funcionário público ou querer isso para si. Mas quando ser um funcionário público se torna o anseio de toda uma juventude inteligentinha — formada pela ‘Pátria Educadora’ freiriana — de qualquer classe que seja, num país que está falindo justamente pelo tamanho da máquina estatal, é porque algo vai muito mal. Muito, muito mal.
Vivemos num mundinho que por anos foi vítima das garras sujas de ideologias marxistas, mundinho formado culturalmente aos modos gramscianos: odeia-se o empresário, odeia-se arriscar, odeia-se ter de trabalhar e empreender; ama-se vida boa, boemia, invejar, falar e desejar o mal àquele que quer por mérito próprio ‘subir na vida’. Quem não está rodeado de gente assim?
O fato é que essas ideologias atrofiadoras de massa cerebral fizeram com que as pessoas perdessem a noção do real — distorcendo e prostituindo a história — e desbravassem o universo guiados por sabichões em busca de um ‘mundo melhor’ que está sempre no futuro, futuro este que nunca chega — nem chegará por mãos humanas — e que está sempre à frente de alguma revolução que dizimará a muitos e que certamente não adiantará de nada (como foi na China, URSS, Alemanha, Cuba, Camboja, Vietnã, Venezuela, etc).
[…] O marxismo […] Trata-se de neutralizar a inteligência humana, colocando-a no encalço de metas utópicas que, pela dialética infernal que transfigura cada derrota em sinal da vitória próxima, a absorverão tanto mais completamente quanto mais os resultados obtidos no esforço forem cair longe das finalidades sonhadas. É somente isto que explica o fenômeno de milhares de intelectuais se recusarem, durante quase um século, a enxergar os males do comunismo, ou, depois da queda do Muro de Berlim, a reconhecer qualquer conexão entre esses males e o ideal socialista. (Olavo de Carvalho, O Jardim das Aflições – Grifo meu)
Luiz Felipe Pondé (filósofo) costuma argumentar que a humanidade sempre foi pobre, sempre houve desestabilidade na vida; homens morriam de velhice antes dos 50 anos há poucos séculos atrás, pessoas morriam de febre por uma simples infecção ou até falta de higiene. A sociedade de mercado gerou riqueza, saúde e bem-estar para o mundo.
- Ouça o podcast do Flavio Morgenstern (Deturparam Marx de novo) e entenda mais sobre o assunto, não me estenderei aqui sobre o mesmo >> Link
Aí um maconheiro universitário ou um pacato estudante de história que foi doutrinado pode me dizer: “Ain, mais oh capitalismo so beneficiar os empresario, e os pobre so fica mais pobres” (eles escrevem assim mesmo… são crias de Paulo Freire). Ok, tire o sorrisinho do rosto e continue lendo… o assunto é sério! Quando um homem se reduz intelectualmente à condição de um rato ou barata, qualquer esgoto lhe parecerá uma genial esperança. Assim foi com Epicuro, com Marx, com Bakunin… e assim é também com maconheiros universitários que almejam mudar o mundo sem conhecê-lo e fugindo dele.
Quem não pode empreender precisa de alguém que empreendeu e conseguiu a ascensão social para ter um emprego, e para isso é preciso empresas fortes e grandes por toda a parte, para dar muitos empregos. Desta forma os mais pobres poderão ter seu sustento, mais saúde e bem-estar. O ideal é que hajam muitos pequenos negócios por toda a parte também, pois gera mais independência e fomenta a livre concorrência dos serviços.
Mas e quando se tem um estado gigante que controla tudo, interfere no mercado e ainda tem empresas (carteis) que custam muito dinheiro público, não funcionam bem, oferecem caros serviços e para completar não permite concorrência? Exemplos: Correios e Petrobrás.
É de fundamental importância que os jovens pensem em empreender e começar um negócio próprio; famílias podem abrir um negócio e empregar os parentes, por exemplo. E não precisa ser nada tão complexo, basta estudar um pouco o ambiente e ver quais serviços são necessários ali: uma padaria, lanchonete, salão de beleza, estampagem de roupas, gráfica, mercadinho, etc. É preciso que mais gente gere riqueza ao invés de apenas ganhar daquilo que vem de quem contribui por meio de impostos. E claro, é preciso fazer uma reforma geral no Brasil e diminuir o Estado e sua influência. Mas comecemos pelo começo: pela cabeça dos jovens, pela cultura.
Não podemos viver fugindo da realidade, esperando sempre o papai governo nos dar tudo; é urgente sair de uma condição de coitadinho que nos foi imputada, é preciso arriscar, empreender, gerar riqueza e empregos. E não precisa muito para isso, só é preciso um pouco de entendimento, paciência, e juntar um dinheirinho, coisa que brasileiros também não estão acostumados em fazer, pois o papai governo faz para eles: FGTS, aposentadoria, seguro desemprego, etc.
Que possa surgir uma geração que não queira depender do Estado, que sejam mais independentes e livres… gente que nos faça uma Pátria séria, rica e próspera.