Conforme noticiou o Conexão Política neste domingo (23), o presidente Jair Bolsonaro foi questionado por um repórter do jornal O Globo sobre as acusações de que Michelle Bolsonaro teria recebido R$ 89 mil reais em cheques de Fábio Queiroz.
Em resposta, o presidente disse:
“Vontade de encher sua boca [do repórter] de porrada”, declarou o presidente da República.
Na manhã desta segunda-feira (24), ele voltou a falar sobre o assunto, mas dessa fez questionando a família Marinho.
Segundo Bolsonaro, ele é perseguido pelo grupo Globo há pelo menos 10 anos e, até hoje, não conseguiram provar nada contra ele.
O presidente também questionou a família Marinho sobre as acusações de Dario Messer, conhecido como ‘o doleiro dos doleiros’, que firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ), e disse ter repassado dólares em espécie para membros da família Marinho, donos da Rede Globo.
Segundo Messer, a ação teria sido feita diversas vezes.
Diante disso, Bolsonaro declarou:
“Agora aguardo explicações da família Marinho sobre a delação do ‘doleiro dos doleiros’, onde valores superiores a R$ 1 bilhão teriam sido repassados a eles”, escreveu.
Relembre
Dario Messer foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro no processo aberto a partir de provas obtidas na Operação Marakata.
A denúncia contra os donos da Globo foi detalhada pela revista Veja, que fez questão de destacar que ele não apresentou provas e diz nunca ter tido contato direto com nenhum dos membros da família proprietária da emissora.
A reportagem pontua que o doleiro revelou aos agentes que um funcionário dele entregava de duas a três vezes por mês valores entre US$ 50.000 e US$ 300.000.
O local da entrega acontecia na sede da emissora.
Ainda segundo a matéria, os valores seriam ‘compensados’ pelos Marinho no exterior.
A Veja diz que Messer assegurou que os negócios foram estabelecidos bem no início dos anos 90, por intermédio de Celso Barizon, suposto gerente da conta da família no banco Safra de Nova York.
Os destinatários do dinheiro seriam os irmãos João Roberto Marinho e Roberto Irineu, respectivamente, vice-presidente do Grupo Globo e presidente do conselho de administração do Grupo Globo.
O outro lado
Em resposta, a família Marinho negou as acusações.
Diz a nota:
“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras.”