Conforme vem noticiando o Conexão Política, caberá ao presidente Jair Bolsonaro decidir se a tecnologia da Huawei ficará ou não fora do leilão do 5G no Brasil.
O Brasil, que é um dos maiores mercados da gigante chinesa de telecomunicações Huawei, pode estar pronto para fechar seus contratos de 5G com as empresas europeias, Ericsson e Nokia.
A ‘decisão bomba’ deverá acontecer apenas em 2021, mas o alerta dos Estados Unidos já seguem a todo vapor.
Vigilância do PCC
No final do mês passado, a Embaixada dos EUA em Brasília divulgou, em português, uma declaração de Mike Pompeo.
Na mensagem, o secretário de Estado americano diz que cidadãos do mundo inteiro estão acordando para o perigo do estado de vigilância do Partido Comunista chinês.
“A maré está se voltando contra a Huawei, à medida que cidadãos de todo o mundo estão acordando para o perigo do estado de vigilância do Partido Comunista Chinês”, disse Pompeo.
“Os acordos da Huawei com operadoras de telecomunicações em todo o mundo estão evaporando, porque os países estão permitindo apenas fornecedores confiáveis em suas redes 5G”, continuou ele.
E acrescentou:
“O ímpeto a favor do 5G seguro está aumentando. Quanto mais países, empresas e cidadãos perguntarem em quem devem confiar com seus dados mais sensíveis, mais óbvia a resposta se torna: não no estado de vigilância do Partido Comunista Chinês”, declarou Pompeo.
Reino Unido proíbe 5G da Huawei
O governo britânico anunciou a proibição das empresas de telecomunicações do país de comprar novos equipamentos fabricados pela chinesa Huawei.
As empresas britânicas vão ter até 2027 para remover a tecnologia chinesa já instalada de suas redes 5G.
Oliver Dowden, ministro britânico responsável pelas questões digitais, disse na Câmara dos Comuns na terça-feira da semana passada que novas compras de equipamentos Huawei 5G serão barradas a partir do final deste ano e que os equipamentos da empresa chinesa terão que ser retirados das redes britânicas até o final de 2027.
A decisão britânica acompanha as novas restrições dos EUA aos chips de computador da Huawei e ocorre em meio a uma deterioração mais ampla das relações entre o Reino Unido e a China, mais recentemente relacionada à imposição da China de uma nova lei de segurança sobre a ex-colônia britânica de Hong Kong.
Os EUA seguem firmes em sua estratégia de pressionar governos do ocidente para que recusem a tecnologia da Huawei em seus países.
Enviados americanos, liderados pelo consultor de segurança nacional dos EUA Robert O’Brien e seus colegas da Itália, Alemanha, França e Reino Unido, estão reunidos em Paris esta semana.
A Huawei disse que conduzirá uma revisão detalhada de seus negócios no Reino Unido.
John Browne, presidente do conselho da Huawei no Reino Unido, renunciou horas antes do anúncio.