O governo dos EUA acusou hoje (21) dois indivíduos de conspirar juntamente com a inteligência chinesa para roubar segredos de mais de uma dúzia de empresas nos setores de defesa, saúde e outros, de acordo com o Departamento de Justiça (DOJ).
Os dois hackers acusados também exploraram as defesas cibernéticas de pelo menos quatro empresas americanas que atuam no tratamento e teste de coronavírus nos últimos meses, diz a acusação.
Li Xiaoyu, 34 anos, e Dong Jiazhi, 31 anos, estariam roubando segredos comerciais valiosos de várias empresas, instituições de pesquisa e empresas de defesa há mais de uma década, disseram os promotores. A acusação alega que o casal age tanto por motivos pessoais de lucro quanto para fornecer informações ao Ministério de Segurança do Estado da China. Acredita-se que o casal esteja na China.
“Os hackers roubaram terabytes de dados de centenas de alvos, o que representava uma ameaça sofisticada e prolífica às redes americanas”, afirmou o Departamento de Justiça.
Os setores-alvo da dupla incluíam o de fabricação de alta tecnologia de dispositivos médicos, engenharia industrial, negócios, software educacional e de jogos, além de defesa energética e farmacêutica.
“Em pelo menos um caso, os hackers tentaram extorquir criptomoedas de uma entidade vítima, ameaçando liberar o código-fonte roubado da vítima na Internet”, afirmou o FBI. “Mais recentemente, os réus investigaram vulnerabilidades em redes de computadores de empresas que desenvolvem vacinas contra COVID-19, testando tecnologia e tratamentos”.
Em maio, a China foi acusada de ter como alvo universidades americanas, empresas farmacêuticas e outras empresas de saúde, em uma tentativa de roubar propriedade intelectual relacionada a tratamentos e vacinas contra coronavírus.