Por razão da pandemia do covid-19, após ouvir infectologistas, o presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, decidiu excluir a necessidade de identificação biométrica na eleição municipal deste ano. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (15).
A decisão de Barroso ainda precisa ser analisada pelos demais ministros do Tribunal. Neste ano, 119,7 milhões de eleitores estariam aptos a votar pelo sistema de biometria.
Dois fatores foram considerados para a decisão do ministro:
- a identificação pela digital pode aumentar as possibilidades de infecção, já que o leitor não pode ser higienizado com frequência;
- o aumento de aglomerações, uma vez que a votação com biometria é mais demorada do que a votação com assinatura no caderno de votações. Muitos eleitores têm dificuldade com a leitura das digitais, o que aumenta o risco de formar filas.
Foram ouvidos pelo TSE os médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês; Marília Santini, da Fundação Fiocruz; e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein, que integram o grupo que presta a consultoria.