Conforme noticiado pelo Conexão Política nesta última terça-feira (7), o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi indiciado pela Polícia Federal (PF) e está sendo acusado de cometer os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
O indiciamento aponta que ele teria recebido R$ 67 milhões e causado prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres públicos. A PF também indiciou o filho de Azambuja, Rodrigo Souza e Silva, e outras 20 pessoas envolvidas.
As investigações foram iniciadas a partir da delação premiada feita pelos irmãos Batista, executivos donos da J&F, empresa que controla a JBS.
O caso ganhou grande repercussão no estado e, nesta quarta-feira (8), foi apresentado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) um pedido de impeachment contra o psdbista.
A peça é assinada pelo deputado federal Loester Trutis (PSL-MS), pelo vereador de Campo Grande, Vinícius Siqueira (PSL), e pelo advogado Danny Fabrício Cabral Gomes.
No documento, eles afirmam que Azambuja, quando foi eleito, declarou um patrimônio de R$ 37,8 milhões, valor “muito próximo” aos R$ 38,4 milhões que os executivos da JBS disseram ter pago ao governador.
O vereador Siqueira, que apresenta pedidos de impeachment contra Azambuja desde 2018, logo quando surgiram os relatos sobre pagamento de propina, acredita que esta nova ação deve prosperar na Assembleia Legislativa do estado.
“Da primeira vez que protocolei, era o primeiro mandato do governador e perdeu objeto. Agora, temos novas provas como o indiciamento da PF e acredito que esse pedido será votado na Casa de Leis”, afirmou.
O deputado Trutis, por sua vez, afirmou que está preparando estratégias para fazer pressão popular a fim de que os parlamentares votem o impedimento do político.
OUTRO LADO
Em nota, a assessoria de imprensa do governo do Mato Grosso do Sul afirmou que vai analisar o teor do pedido de impeachment antes de se manifestar sobre o caso.
VEJA TRECHO DO PEDIDO DE IMPEACHMENT