O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (6).
Azambuja é acusado de cometer os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
O indiciamento aponta que ele teria recebido R$ 67 milhões e causado prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres públicos.
A PF também indiciou o filho de Azambuja, Rodrigo Souza e Silva, e outras 20 pessoas envolvidas.
“Cabe destacar o papel de comando da organização criminosa exercido pelo governador Reinaldo Azambuja, seja diretamente, seja por intermédio de seu filho Rodrigo Souza e Silva”, registrou o delegado Leandro Alves Ribeiro.
As investigações foram iniciadas a partir da delação premiada feita pelos irmãos Batista, executivos donos da J&F, empresa que controla a JBS.
De acordo com os relatos, o esquema envolvia repasses em dinheiro vivo, feitos com base em notas fiscais frias de um frigorífico e doações eleitorais feitas entre 2014 e 2016.
Outro lado
Em nota, a assessoria de Reinaldo Azambuja afirmou que ele recebeu com “estranheza e indignação” a conclusão do inquérito e classificou a denúncia como “antiga” e baseada em “delações premiadas sem qualquer credibilidade e provas”.
As oitivas dos delatores, segundo a equipe do governador, “vêm sofrendo inúmeros questionamentos judiciais quanto à sua procedência e consistência”. O psdbista diz ainda que “demonstrará a improcedência de todas as acusações”.
“Desde a Operação Vostock, realizada de forma midiática e exorbitante, bem no meio da campanha eleitoral de 2018, não se conseguiu produzir uma única prova de que tenha recebido qualquer tipo de vantagem indevida da JBS”, alegam.