O secretário estadual de Saúde do Rio, o clínico-geral Fernando Ferry, criticou nesta quinta (4) a decisão do ex-secretário da pasta, o médico Edmar Santos, de abrir sete hospitais de campanha para o tratamento de pacientes infectados e diagnosticados com o Covid-19.
Em visita ao hospital de São Gonçalo, que já deveria estar pronto há um mês, Ferry afirmou que houve “um super dimensionamento” por parte da ex-gestão na decisão de construir várias unidades móveis. De todas as unidades propostas pelo estado, apenas uma está em funcionamento, a do Maracanã.
Enquanto isso, o hospital de campanha de São Gonçalo só deverá ser aberto, na melhor das hipóteses, na sexta-feira da próxima semana.
— Seu eu fosse o secretário lá atrás, eu não tomaria essa decisão (de abrir sete hospitais de campanha). Eu investiria nos hospitais regulares. Eu não abriria hospital de campanha. No máximo eu abriria um hospital. Não tínhamos previsão do que iria acontecer aqui. Se nos Estados Unidos já chegaram a mais de 100 mil pessoas, imagina o que iria acontecer aqui. Foi feito um super dimensionamento — destacou Ferry.