O Superior Tribunal de Justiça negou o pedido de habeas corpus em favor do empresário chinês Marcos Zheng, preso sob suspeita de receptar 15 mil testes de coronavírus e 2 milhões de equipamentos de prevenção roubados.
Estipula-se que o valor do material retirado seja de R$ 80 mil. Comparando o preço pago pela importadora e o pedido dos investigados pela carga, o lucro para o crime chegaria a 5.000%.
Em nota, a Associação Chinesa do Brasil saiu em defesa de seu vice-presidente: “Trata-se de um cidadão do bem e contribuiu de forma significativa para estabelecer o laço de amizade entre Brasil e China.”
Ao analisar o caso, o ministro João Otávio Noronha decidiu por manter a prisão preventiva de Zheng e de 13 cúmplices, que ocorreu em 11 de abril em um galpão no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo.
A denúncia aconteceu quando funcionários do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, descobriram que 15 das 57 caixas de papelão com o produto haviam sido esvaziadas. Os testes, cujo lote bate com a carga furtada, estavam no imóvel de Zheng, onde também funciona a Associação de Xangai no Brasil.
Em operação da Polícia Civil de São Paulo, o delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista, Luís Alberto Guerra, se apresentou aos criminosos como um interessado em comprar a carga. O grupo pediu R$ 4 milhões, mas acertaram o valor em R$ 3 milhões.
Zheng, residente no Brasil há 25 anos, negou o crime em depoimento e se ressaltou seu trabalho em estreitar os laços entre os dois países. “Inclusive, sempre trouxe empresários chineses para realizar negócios neste país, bem como viajou com empresários brasileiros visando a estabelecer relações comerciais com aquele país”, disse.
Com informações, Infomoney.