A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira, 28 de maio, mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Recife/PE.
A operação investiga supostas irregularidades em contratos firmados para a compra de respiradores pulmonares durante a pandemia da Covid-19.
O contrato se deu por meio de dispensas de licitação, pela Secretaria de Saúde do Recife.
Esta foi a segunda fase da Operação Apneia, deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo as investigações, empresas com débitos com a União superiores a R$ 9 milhões se utilizaram de uma microempresa “fantasma”, que estava no nome da ex-companheira do proprietário de fato.
A PF constatou constatou que o total contratado com a prefeitura de Recife ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões.
No entanto, a empresa tinha um capital social de apenas R$ 50 mil. Logo, não poderia faturar mais que R$ 360 mil por ano.
Dos 500 respiradores solicitados na compra, apenas 35 foram entregues.
O prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB), já divulgou nota. Segundo ele, “a referida compra foi cancelada pela Secretaria de Saúde e o único valor pago, de R$ 1,075 milhão, já foi devolvido pela empresa à Prefeitura no último dia 22. Portanto, não há possibilidade de haver qualquer prejuízo à Prefeitura do Recife”.