O presidente americano Donald Trump foi vítima hoje de um novo recurso do Twitter que pretende interferir no que pessoas escolhidas pela plataforma dizem na rede social. A ferramenta foi testada pela primeira vez publicamente hoje em dois tuítes do presidente americano com o objetivo de desmentir as alegações do presidente de que eleição por correio pode gerar fraudes.
O presidente mais tarde respondeu, dizendo que “O Twitter agora está interferindo nas eleições presidenciais de 2020. Eles estão dizendo que minha declaração sobre Mail-In Ballots (Voto por Correio), que levará a corrupção e fraude maciças, está incorreta, com base na verificação de fatos feita pela “Fake News CNN” e pelo “Amazon Washington Post”. O Twitter está sufocando totalmente a LIBERDADE DE EXPRESSÃO, e eu, como Presidente, não permitirei que isso aconteça!”, disse o presidente sobre a interferência do Twitter sobre o que ele escreveu mais cedo.
Entre os “checadores” escolhidos pelo Twitter há pelo menos dois veículos de esquerda: a CNN e o Washington Post, jornal de propriedade do dono da Amazon, o multibilionário Jeff Bezos.
Sigilo e autenticidade do voto sob ameaça
Os tuítes de Trump que sofreram interferência do Twitter diziam que “Não há NENHUMA CHANCE (ZERO!) de que eleições por correio sejam nada menos que fraudulentas. As caixas de correio serão roubadas, as cédulas serão falsificadas e até impressas ilegalmente e assinadas de forma fraudulenta. O governador da Califórnia está enviando cédulas para milhões de pessoas, qualquer pessoa que viva no estado, não importa quem seja ou como chegou lá, receberá uma. Isso vai ser acompanhado de profissionais dizendo a todas essas pessoas, muitas das quais nunca pensaram em votar antes, como e para quem votar. Esta será uma eleição fraudulenta. De jeito nenhum!”
Checagem não refuta preocupações apontadas por Trump
A checagem, no entanto, não apresentou nenhuma prova que conteste todas as possibilidades de fraude, nem apontou se existem e quais serão os recursos que vão impedir efetivamente que alguém vote no lugar de outra pessoa uma vez que tenha acesso à cédula. O Twitter e os checadores também não esclareceram quais recursos serão colocados em prática para garantir que o voto chegue até os responsáveis pela apuração e que não seja extraviado por acidente ou por uma ação direcionada para este fim. Uma outra preocupação manifestada pelo presidente é de que pessoas sejam coagidas por alguém a votar em algum candidato específico, uma vez que não haverá nenhuma autoridade eleitoral presente no momento do preenchimento do voto. A checagem não revelou nenhum fato que refutasse definitivamente nenhuma dessas suspeitas.
Nos dois tuítes de Trump o Twitter inseriu a observação “Veja a verdade sobre eleições por correio”, com um link para tuítes de pelo menos dois veículos que propagam diariamente sob a forma de notícias conteúdo anti-Trump, a CNN e o Washington Post.