Um chip de identificação por radiofrequência pode ser anexado ao recipiente de doses individuais de uma nova vacina contra o coronavírus chinês, mas não conterá nenhuma informação do paciente, segundo o CEO da ApiJect Systems America, Jay Walker.
A Identificação por radiofrequência ou RFID (do inglês “Radio-Frequency IDentification” ) é um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID.
Segundo a CBN News, como parte de uma parceria público-privada chamada “Project Jumpstart” – cujo objetivo é entregar a vacina COVID-19 a milhões de americanos o mais rápido possível – o Departamento de Defesa e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA anunciou um contrato de US $ 138 milhões com a ApiJect Systems America para fabricar dispositivos de injeção de nível médico a partir de outubro de 2020.
O ApiJect fabricará seringas pré-cheias usando a tecnologia Blow-fill-seal (BFS), que muitos consumidores podem reconhecer de colírios descartáveis de uso único e amplamente utilizados. Algumas instalações atualmente, usando a tecnologia BFS para fabricar colírios, serão adaptadas para fazer e encher os recipientes da vacina. Depois que o recipiente da vacina é feito e preenchido, é adicionado a agulha.
A ApiJect espera produzir 100 milhões de seringas pré-cheias até o final do ano. O Departamento de Defesa dos EUA é encarregado de distribuí-las em todo o país. As seringas pré-cheias complementarão o estoque existente, porém inadequado, de suprimentos de vacinas tradicionais como frascos de vidro, equipamento de enchimento extremamente especializado necessário para encher os frascos, as tampas de borracha e as seringas separadas.
“Não há problema com os frascos de vidro. Eles funcionam maravilhosamente, exceto quando você precisa de centenas de milhões, todos de uma vez”, disse Walker à CBN News. “Atualmente, todo esse equipamento está ocupado trabalhando com medicamentos contra o câncer e outros medicamentos que salvam vidas. Não há capacidade excedente para preencher 100 milhões, 150 milhões ou mais com uma nova vacina”.
Cada seringa pré-cheia terá um espaço na embalagem para um chip de identificação por radiofrequência. O RFID é opcional, e o governo americano ainda não disse se incluirá o chip nas vacinas individuais.
“O chip tem o número de série exclusivo para cada dose. Ele foi projetado para que não haja falsificação. Foi projetado para que saibamos que a dose não expirou”, explicou Walker. “No entanto, esse chip se refere apenas à dose. Não há informações pessoais, nem informações do paciente”, continuou ele. “É simplesmente como um código de barras, apenas saberemos instantaneamente onde e quando essa dose foi usada. Isso também ajuda as autoridades de saúde pública a saber, quando há surtos: ‘Vacinamos pessoas suficientes nessas áreas?'”
A ApiJect planeja produzir mais de 500 milhões de seringas pré-cheias em 2021.
Com informações, CBN News.